Prefeito e vice de Agrestina são presos pela PF Thiago Nunes e Zito da Barra foram alvos da Operação Pescaria, que investiga crimes de peculato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro

Publicação: 11/09/2020 03:00

Ao executar a terceira fase da Operação Pescaria, a Polícia Federal (PF) prendeu ontem o prefeito de Agrestina, Thiago Nunes (MDB), e o vice-prefeito da cidade, Zito da Barra, também do MDB. Os policiais cumpriram no município, situado no Agreste do estado, cinco mandados de prisão preventiva por organização criminosa, peculato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Na operação, também foram cumpridos mandados contra um funcionário da prefeitura e um empresário, mas os nomes não foram divulgados.

Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, a PF encontrou R$ 110 mil, além de R$ 100 mil em cheques na casa de um dos suspeitos. Segundo a polícia, os valores desviados pelo grupo eram depositados na conta de um laranja.

A terceira fase da Operação Pescaria foi deflagrada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), para desarticular, segundo a polícia, uma organização criminosa especializada no desvio de recursos públicos na Prefeitura de Agrestina. A ação deu continuidade às investigações iniciadas em 2018. As outras duas fases foram deflagradas durante os meses de fevereiro e março de 2019.

Ainda de acordo com a PF, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais, além de mandados de afastamento de funções públicas dos ocupantes de cargos na administração municipal, mandados de afastamento de sigilos bancário e fiscal dos investigados, todos expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região.

Em nota, a defesa do prefeito Thiago Nunes afirmou que não iria comentar o caso porque não teve acesso aos autos. Antecipou apenas que a prisão do prefeito foi desproporcional em razão dele nunca ter sido chamado para depor. Depois de prestarem esclarecimentos, os presos foram levados para a penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru.