O senador Humberto Costa (PT) está na lista das autoridades espionadas pela Abin Paralela, segundo investigação da Policia Federal, que revelou ao Jornal da Band uma relação de nomes de ministros, deputados federais, senadores, governadores, incluindo aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que abriram divergência durante o seu governo.

Em nota, o senador externalizou sua revolta por ter sido monitorado. “Recebi com indignação a informação de que fui um dos cidadãos brasileiros monitorados pela chamada ‘Abin paralela’, um sistema clandestino que operava à margem do Estado de Direito”.

O petista disse que irá “até as últimas consequências para que seja esclarecido todo esse escandaloso esquema de espionagem e para que os criminosos sejam responsabilizados e severamente punidos na forma da lei”.

Outras autoridades monitoradas estão os ex-ministros de Bolsonaro Abraham Weintraub, da Educação; Anderson Torres, da Justiça; e Flavia Arruda, da Secretaria de Governo. Depois de ter rompido com a família Bolsonaro, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz também teve sua privacidade quebrada.

No Senado, também tiveram seus passos monitorados Otto Alencar, Rogério Carvalho, Omar Aziz, Alessandro Vieira, Renan Calheiros, Simone Tebet, Soraya Thronicke e Randolfe Rodrigues. Ex-governadores como João Dória (SP) e Camilo Santana (CE) também estão na lista. Do STF, os ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Luis Roberto.

De acordo com informações do Jornal da Band, o ministro do STF Cristiano Zanin determinou que o Congresso apresente, em dez dias, informações sobre a regulamentação de programas que dão acesso ao monitoramento de cidadãos. Enquanto isso, o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), aguarda a relação completa com os nomes de parlamentares que foram vigiados ilegalmente.