Lula: RS terá PEC de 'Orçamento de Guerra' Presidente diz que não faltará dinheiro ao estado e indica PEC semelhante a da pandemia. Outras autoridades também estiveram no RS

Publicação: 06/05/2024 03:00

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou ao Rio Grande do Sul, ontem, e reforçou que não faltarão recursos para o atendimento e para a reconstrução do estado. No entanto, Lula alertou que os recursos devem ser aplicados apenas no combate aos efeitos da tragédia climática no estado.

“Não haverá impedimento da burocracia para que a gente recupere a grandiosidade desse estado”, prometeu. “Às vezes a gente dá dinheiro e as obras não acontecem, por isso que é preciso termos uma combinação perfeita entre o governo federal, o Poder Legislativo, o Tribunal de Contas, o Ministério Público, porque cada centavo que for colocado para combater isso, não pode ser desviado”, afirmou.

Falando dos migrantes gaúchos que desenvolveram o agronegócio em outras regiões, Lula apontou que o país tem uma dívida para com o estado gaúcho. “A gente deve muito ao Rio Grande do Sul, sobretudo no desenvolvimento da sua agricultura. O que estamos fazendo é dar ao Rio Grande do Sul aquilo que ele merece. Ele sempre ajudou o Brasil, está na hora do Brasil ajudar o Rio Grande do Sul”.

Com a presença na comitiva dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, além do vice-presidente do Supremo, ministro Edson Fachin, Lula disse que precisava mostrar a destruição do estado para sensibilizar os demais poderes. “Eu coloquei todos eles no meu helicóptero, junto comigo, vindo para cá, para que a gente pudesse ter uma visão do significado dessa enchente, junto com o governador (Eduardo Leite-PSDB). Então eles viram o estrago que a chuva está causando, não é que já causou, ainda está causando, tanto na cidade de Porto Alegre, como no estado do Rio Grande do Sul”, emendou o petista. (Correio Braziliense)
 
STF suspende prazos processuais
 
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, determinou a interrupção da contagem de prazo processuais em todas as ações na Corte que envolvam o Rio Grande do Sul e seus municípios ou que tenham origem em tribunais do estado.

Os prazos processuais foram suspensos entre os dias 2 e 10 de maio. A medida foi tomada em razão das enchentes que atingem diversos municípios gaúchos, incluindo a capital, Porto Alegre. O governo estadual decretou estado de calamidade. Até o momento, foram confirmadas 55 mortes.

Por meio de resolução, Barroso também suspendeu os prazos das ações em que todos os advogados sejam inscritos na seccional gaúcha da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O órgão pediu ao presidente do Supremo que tomasse a medida.

Em seu perfil verificado no X, antigo Twitter, o ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo, manifestou solidariedade aos desabrigados e às famílias que perderam entes queridos. “É fundamental que sociedade civil se una e que as autoridades envolvidas prestem todo o auxílio necessário ao povo gaúcho neste momento difícil”, escreveu. (Agência Brasil)