Bolsonaro aposta em Trump para reverter inelegibilidade
Durante embarque de Michelle Bolsonaro para posse do republicano, ex-presidente alega perseguição e diz esperar não ter de usar tornozeleira
Publicação: 20/01/2025 03:00
Nos corredores do Supremo Tribunal Federal (STF), se dá como certo que o ex-presidente Jair Bolsonaro será julgado neste ano pela Corte. A expectativa é de que o político seja levado ao banco dos réus ainda neste semestre, após a apresentação de uma denúncia pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Temendo ficar longe do poder e até com receio de ser preso, o ex-capitão do Exército se apega ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para tentar reverter revezes na Justiça. Sábado, no Aeroporto de Brasília, enquanto a esposa Michelle Bolsonaro embarcava para Washington, ele criticou as decisões do ministro Alexandre de Moraes.
A defesa de Bolsonaro apresentou diversos recursos pleiteando a devolução do passaporte. Porém, Moraes, que é o relator do inquérito em que o ex-presidente figura como investigado, negou todas as solicitações. O militar da reserva é acusado de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. De acordo com a Polícia Federal, ele seria o principal beneficiado por uma eventual tomada de poder e derrubada das instituições democráticas. O caso está sob análise da PGR.
Trump toma posse hoje e, por conta desta conjuntura, Bolsonaro acredita que o mandatário norte-americano vai comprar a briga e pressionar a Justiça brasileira e o governo para devolver seus direitos políticos, suspensos por oito anos por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Eu escuto o Alexandre de Moraes atacando a direita. Ou seja, ele toma partido político. Eu sou do tempo em que os juízes falavam nos autos, agora é diferente. Eu tenho certeza de que, recuperando minha elegibilidade, eu ganho as eleições. Agora, inelegível, é uma prova de que estamos em uma democracia igual à da Venezuela, onde a oposição é eliminada”, disse o ex-presidente.
PROCESSO
Jair Bolsonaro afirmou que vai processar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A declaração ocorreu em resposta ao chefe da economia, que acusou o senador Flávio Bolsonaro de comprar imóveis com dinheiro desviado de servidores.
“Eles não têm o que fazer e sempre me acusam de alguma coisa. Falaram que eu comprei imóveis sem origem de dinheiro. Ele me acusa do que ele faz. Ele não olha para o que o chefe dele (Lula) fez. (...) Eu só tenho um caminho: acreditar na Justiça e processá-lo”, disse Bolsonaro.
Flávio, filho mais velho do ex-presidente, foi citado em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) como o responsável por uma movimentação atípica de R 1,2 milhão em uma conta no nome de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador. (Correio Braziliense)
A defesa de Bolsonaro apresentou diversos recursos pleiteando a devolução do passaporte. Porém, Moraes, que é o relator do inquérito em que o ex-presidente figura como investigado, negou todas as solicitações. O militar da reserva é acusado de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. De acordo com a Polícia Federal, ele seria o principal beneficiado por uma eventual tomada de poder e derrubada das instituições democráticas. O caso está sob análise da PGR.
Trump toma posse hoje e, por conta desta conjuntura, Bolsonaro acredita que o mandatário norte-americano vai comprar a briga e pressionar a Justiça brasileira e o governo para devolver seus direitos políticos, suspensos por oito anos por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Eu escuto o Alexandre de Moraes atacando a direita. Ou seja, ele toma partido político. Eu sou do tempo em que os juízes falavam nos autos, agora é diferente. Eu tenho certeza de que, recuperando minha elegibilidade, eu ganho as eleições. Agora, inelegível, é uma prova de que estamos em uma democracia igual à da Venezuela, onde a oposição é eliminada”, disse o ex-presidente.
PROCESSO
Jair Bolsonaro afirmou que vai processar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A declaração ocorreu em resposta ao chefe da economia, que acusou o senador Flávio Bolsonaro de comprar imóveis com dinheiro desviado de servidores.
“Eles não têm o que fazer e sempre me acusam de alguma coisa. Falaram que eu comprei imóveis sem origem de dinheiro. Ele me acusa do que ele faz. Ele não olha para o que o chefe dele (Lula) fez. (...) Eu só tenho um caminho: acreditar na Justiça e processá-lo”, disse Bolsonaro.
Flávio, filho mais velho do ex-presidente, foi citado em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) como o responsável por uma movimentação atípica de R 1,2 milhão em uma conta no nome de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador. (Correio Braziliense)