Primeira turma do STF mantém Braga Netto preso Ex-ministro de Bolsonaro foi denunciado como um dos líderes do plano golpista e está detido desde 14 de dezembro por tentar obstruir a investigação da PF

Publicação: 15/03/2025 03:00

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve, por unanimidade, a prisão do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa no governo Jair Bolsonaro, no inquérito do golpe. Denunciado como um dos líderes do plano golpista, Braga Netto está preso desde 14 de dezembro. A prisão foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes por suspeita de tentar obstruir a investigação da Polícia Federal.

Os ministros rejeitaram um recurso da defesa para revogar a prisão do general. O julgamento ocorreu no plenário virtual do STF. Nessa modalidade, os magistrados registram os votos em uma plataforma online. Como relator, Alexandre de Moraes abriu os votos e defendeu que os requisitos que o levaram a decretar a prisão de Braga Netto permanecem válidos. O posicionamento foi seguido por Cristiano Zanin, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia.

O procurador-geral da República Paulo Gonet foi contra a soltura do general. Gonet defendeu em manifestação ao STF que “as tentativas do investigado de embaraçar a investigação em curso denotam a imprescindibilidade da medida extrema”. A defesa, por sua vez, afirma que não há provas concretas de que o general tenha tentado influenciar a investigação. Braga Netto está detido no quartel da 1ª Divisão de Exército, na zona oeste do Rio de Janeiro, seção subordinada ao Comando Militar do Leste.

SOBERANIA
A bancada do PT na Câmara pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apure se Bolsonaro cometeu crime contra a soberania nacional ao admitir que havia “passado para a equipe do Trump” informações sobre acordos firmados entre o Brasil e a China. Os parlamentares afirmam que o ex-presidente sugeriu que a questão fosse resolvida “com o apoio de fora”, insinuando uma intervenção do governo dos Estados Unidos. (Estadão Conteúdo)