PT vivencia um processo de renovação
Eleições diretas para o comando estadual não deve ter grandes surpresas, no entanto, no Recife há um racha na definição do comando da legenda
Guilherme Anjos
Publicação: 28/04/2025 03:00
O Partido dos Trabalhadores (PT) vive um processo de renovação nas lideranças internas. O senador Humberto Costa assumiu a presidência nacional da sigla após a ex-presidente Gleisi Hoffmann ser nomeada ministra da Secretaria de Relações Institucionais do Governo Lula, e está incubido de conduzir a eleição e mediar as articulações em busca de um consenso.
Em Pernambuco, a vertente Construindo um Novo Brasil (CNB), majoritária do partido em todo o país, lançou o deputado federal Carlos Veras como candidato à presidência estadual. É mais uma iniciativa da vertente para dar protagonismo ao parlamentar, após o nome dele ser cotado para vice de João Campos (PSB) no ano passado.
A candidatura de Veras é apoiada por Humberto Costa e pelo atual dirigente pernambucano, o deputado estadual Doriel Barros. A senadora Teresa Leitão (PT) deve prezar pelo consenso e acompanhar o voto, mas deve indicar um nome para a secretaria-geral do partido. O secretário-geral Sérgio Goiana também está entre os possíveis candidatos, mas como ele é da CNB, é improvável que haja bate-chapa com Veras.
O entrave maior acontece na eleição do dirigente do Recife. A CNB apoia o ex-vereador Jairo Britto; Teresa Leitão possui acordo para acompanhar a indicação dos irmãos Osmar Ricardo e Oscar Barreto; o deputado estadual João Paulo emplaca o cientista político Pedro Alcântara; e a secretária da Mulher do PT, Paula Menezes, defende sua própria candidatura e uma chapa feminina.
O racha no diretório petista da capital se acentuou durante as eleições de 2024, quando o PT ficou sem a vice de João Campos, mas se manteve na Frente Popular. João Paulo foi o crítico mais vocal do direcionamento, se aproximando de Raquel Lyra.
As inscrições para candidatos ao diretório do PT no Recife se encerram no próximo dia 2 de maio. Já para o diretório estadual o prazo é 9 de maio. O processo de eleições diretas nacional está marcado para 6 de julho.
Para o cientista político Hely Ferreira, as brigas internas são parte das raízes do PT, mas podem prejudicar o desempenho nas próximas eleições. “É uma marca do partido desde que foi criado. O PT tem várias tendências e brigas internas, que eles chamam de ‘discussões democráticas’. Essas tendências brigam entre si até durante o período eleitoral, passando a ideia ao eleitor de uma falta de unidade, e reflete, muitas vezes, em candidaturas majoritárias”, avaliou.
O cientista político reforçou que, apesar dos anseios por protagonismo no estado, o consenso é essencial para que as legendas não percam espaço. “Tanto o PT como o MDB, para se firmarem e ter poder de fogo em 2026, precisam mostrar que existe unidade. Reino dividido não sobrevive”, finalizou.
Em Pernambuco, a vertente Construindo um Novo Brasil (CNB), majoritária do partido em todo o país, lançou o deputado federal Carlos Veras como candidato à presidência estadual. É mais uma iniciativa da vertente para dar protagonismo ao parlamentar, após o nome dele ser cotado para vice de João Campos (PSB) no ano passado.
A candidatura de Veras é apoiada por Humberto Costa e pelo atual dirigente pernambucano, o deputado estadual Doriel Barros. A senadora Teresa Leitão (PT) deve prezar pelo consenso e acompanhar o voto, mas deve indicar um nome para a secretaria-geral do partido. O secretário-geral Sérgio Goiana também está entre os possíveis candidatos, mas como ele é da CNB, é improvável que haja bate-chapa com Veras.
O entrave maior acontece na eleição do dirigente do Recife. A CNB apoia o ex-vereador Jairo Britto; Teresa Leitão possui acordo para acompanhar a indicação dos irmãos Osmar Ricardo e Oscar Barreto; o deputado estadual João Paulo emplaca o cientista político Pedro Alcântara; e a secretária da Mulher do PT, Paula Menezes, defende sua própria candidatura e uma chapa feminina.
O racha no diretório petista da capital se acentuou durante as eleições de 2024, quando o PT ficou sem a vice de João Campos, mas se manteve na Frente Popular. João Paulo foi o crítico mais vocal do direcionamento, se aproximando de Raquel Lyra.
As inscrições para candidatos ao diretório do PT no Recife se encerram no próximo dia 2 de maio. Já para o diretório estadual o prazo é 9 de maio. O processo de eleições diretas nacional está marcado para 6 de julho.
Para o cientista político Hely Ferreira, as brigas internas são parte das raízes do PT, mas podem prejudicar o desempenho nas próximas eleições. “É uma marca do partido desde que foi criado. O PT tem várias tendências e brigas internas, que eles chamam de ‘discussões democráticas’. Essas tendências brigam entre si até durante o período eleitoral, passando a ideia ao eleitor de uma falta de unidade, e reflete, muitas vezes, em candidaturas majoritárias”, avaliou.
O cientista político reforçou que, apesar dos anseios por protagonismo no estado, o consenso é essencial para que as legendas não percam espaço. “Tanto o PT como o MDB, para se firmarem e ter poder de fogo em 2026, precisam mostrar que existe unidade. Reino dividido não sobrevive”, finalizou.