Alepe e governo acirram os ânimos novamente
No mais recente impasse, bancada governista esvaziou votação no plenário e criou grupo de trabalho; oposição ameaça acionar Tribunal de Contas da União
Camila Estephania e Guilherme Anjos
Publicação: 28/05/2025 03:00
A bancada governista esvaziou, mais uma vez, o plenário da Assembleia Legislativa (Alepe) ontem, novamente adiando a votação de Moshe Dayan para a presidência da Adagro. O presidente da Casa, Álvaro Porto (PSDB), criticou a movimentação e acusou a governadora Raquel Lyra (PSD) de “trancar a pauta”. A líder do Governo, Socorro Pimentel (UB), defendeu o esvaziamento como uma resposta à tramitação do pedido de empréstimo do Palácio ter sido “atropelada”.
A obstrução da sessão aconteceu horas depois de um café da manhã entre Raquel e os líderes partidários da bancada governista, que culminou na formação de um grupo de trabalho para, segundo nota à imprensa, “colaborar institucionalmente no destravamento da pauta legislativa e na superação de impasses”.
Álvaro Porto questionou a estratégia do grupo de trabalho. “Não sei que objetivo é esse, que diálogo é esse. Estamos vendo um governo que não tem diálogo ou está perdido, sem saber para onde vai. Dois anos de mandato e esse Governo não disse para o que veio”, disparou.
RESPOSTA
Procurado pela reportagem, o Palácio do Campo das Princesas não se pronunciou sobre a obstrução da sessão plenária. A posição veio através da líder governista. Socorro Pimentel assumiu a autoria da estratégia, que descreveu como “resposta firme diante de mais uma tentativa de atropelar a ordem de tramitação de matérias relevantes”.
“É fundamental que todas as matérias recebam o mesmo grau de atenção e prioridade, desde a sabatina do indicado pelo Governo do Estado para administrar Fernando de Noronha até a análise do empréstimo de R$ 1,5 bilhão”, disse, em nota.
EMPRÉSTIMOS
Ainda na manhã de ontem, os presidentes das principais comissões da Alepe defenderam que o Governo não precisa do empréstimo de R,5 bilhão com urgência, acusaram o Palácio de ineficiência na gestão dos recursos e de desvio da finalidade autorizada das verbas e ainda informaram que irão questionar o uso dos valores de outros empréstimos no Tribunal de Contas da União (TCU), alegando desvio de finalidade dos recursos emprestados pela Caixa Econômica Federal.
Segundo o presidente da Comissão de Finanças, Antônio Coelho (UB), a Alepe até poderia autorizar o pedido, mas o Palácio não poderia usá-lo neste ano, devido ao saldo restante de empréstimo em 2025 ser de R$ 416 milhões, e o R$ 1,1 bilhão remanescente do R$ 1,7 bilhão autorizado em 2023 já ter sido solicitado em abril.
De acordo com os parlamentares, R$ 462 milhões contratados teriam sido usados fora da lista original de fins aprovados. Os deputados destacaram R$ 611 mil utilizados para a “adequação das instalações da Secretaria da Casa Civil”, fora do âmbito do Programa de Desenvolvimento Econômico e Social.
A obstrução da sessão aconteceu horas depois de um café da manhã entre Raquel e os líderes partidários da bancada governista, que culminou na formação de um grupo de trabalho para, segundo nota à imprensa, “colaborar institucionalmente no destravamento da pauta legislativa e na superação de impasses”.
Álvaro Porto questionou a estratégia do grupo de trabalho. “Não sei que objetivo é esse, que diálogo é esse. Estamos vendo um governo que não tem diálogo ou está perdido, sem saber para onde vai. Dois anos de mandato e esse Governo não disse para o que veio”, disparou.
RESPOSTA
Procurado pela reportagem, o Palácio do Campo das Princesas não se pronunciou sobre a obstrução da sessão plenária. A posição veio através da líder governista. Socorro Pimentel assumiu a autoria da estratégia, que descreveu como “resposta firme diante de mais uma tentativa de atropelar a ordem de tramitação de matérias relevantes”.
“É fundamental que todas as matérias recebam o mesmo grau de atenção e prioridade, desde a sabatina do indicado pelo Governo do Estado para administrar Fernando de Noronha até a análise do empréstimo de R$ 1,5 bilhão”, disse, em nota.
EMPRÉSTIMOS
Ainda na manhã de ontem, os presidentes das principais comissões da Alepe defenderam que o Governo não precisa do empréstimo de R,5 bilhão com urgência, acusaram o Palácio de ineficiência na gestão dos recursos e de desvio da finalidade autorizada das verbas e ainda informaram que irão questionar o uso dos valores de outros empréstimos no Tribunal de Contas da União (TCU), alegando desvio de finalidade dos recursos emprestados pela Caixa Econômica Federal.
Segundo o presidente da Comissão de Finanças, Antônio Coelho (UB), a Alepe até poderia autorizar o pedido, mas o Palácio não poderia usá-lo neste ano, devido ao saldo restante de empréstimo em 2025 ser de R$ 416 milhões, e o R$ 1,1 bilhão remanescente do R$ 1,7 bilhão autorizado em 2023 já ter sido solicitado em abril.
De acordo com os parlamentares, R$ 462 milhões contratados teriam sido usados fora da lista original de fins aprovados. Os deputados destacaram R$ 611 mil utilizados para a “adequação das instalações da Secretaria da Casa Civil”, fora do âmbito do Programa de Desenvolvimento Econômico e Social.