Alguns pernambucanos podem até estar comemorando o fato de o Estado não perder uma vaga de deputado federal, caso o projeto aprovado na Câmara também passe no Senado. Devido ao duvidoso Censo do IBGE, Pernambuco teve a população reduzida e, consequentemente, perderia um parlamentar, caindo de 25 para 24. Outros estados seriam penalizados, a exemplo do Rio de Janeiro, que ficaria sem quatro vagas. Porém, haveria aumento de bancadas em algumas unidades federativas. Olhando sob o ponto de vista dos estados e municípios, o prejuízo seria grande onde houvesse redução, pois cada deputado pode apresentar emendas que totalizam R$ 37,3 milhões. E isso é uma baita ajuda para as bases eleitorais. Mas como o Brasil é o País do jeitinho, os parlamentares tiveram a brilhante ideia de criar 18 vagas para que ninguém saísse perdendo. A proposta é elevar de 513 para 531 o número de deputados. Com isso, serão R$ 671 milhões a mais nas emendas ao Orçamento da União, que beneficiarão os estados onde haverá acréscimo de parlamentares. O tal jeitinho coincidiu com o fato de o presidente da Câmara Federal ser o paraibano Hugo Motta (Republicanos). Seu estado tem apenas 12 deputados e ficaria sem duas cadeiras. Não à toa, o projeto tramitou em caráter de urgência e foi aprovado numa votação relâmpago. Se há todo um contexto de ganhos, é bom lembrar que os R$ 64,4 milhões a mais para custear os futuros 18 deputados extras sairão do bolso do contribuinte.

Ministro libera geral
O ministro dos Transportes, Renan Filho, está de boa com os futuros candidatos ao Governo de Pernambuco. Na terça-feira, disse a Raquel Lyra (PSD) que vai liberar R$ 41 milhões para serviços na BR-232. Ontem, acertou com o prefeito João Campos (PSB) o investimento de R$ 38 milhões para obras de proteção de encostas nas margens da BR-101, no Recife.

Sem consenso no PT
Termina amanhã o prazo para o registro de candidaturas à presidência do PT de Pernambuco e ainda não há entendimento entre os grupos liderados pelos senadores Humberto Costa e Teresa Leitão. Segundo ela, “as conversas no partido estão muito fragmentadas”.

Tempo para acordo
Teresa Leitão diz que a prerrogativa seria da CNB, mas como não há consenso, a sua corrente Coletivo PT Militante inscreverá uma candidatura. “Teremos até 29 de maio para chegar a um acordo”, avisa. A senadora observa que 2026 será o ano para reeleger Lula e Humberto.

Jô para o Senado
Integrantes do Psol querem convencer a vereadora Jô Cavalcanti a disputar o Senado, ano que vem. A estratégia seria o partido lançar somente ela para tentar ser a segunda opção dos eleitores que votarão em Humberto Costa (PT). Os psolistas não consideram os outros pré-candidatos da Frente Popular como representantes da esquerda e do presidente Lula.