Policial afirma que plano era "matar meio mundo"
Wladimir Matos Soares faz parte do grupo armado que iria atuar no golpe de estado para manter Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022
Publicação: 16/05/2025 03:00
Áudios recuperados na investigação do plano de golpe de estado mostram que o policial federal Wladimir Matos Soares pretendia “matar meio mundo” para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder após a derrota nas eleições de 2022. O Estadão pediu manifestação da defesa, o que não havia ocorrido até o fechamento desta edição.
As mensagens foram encontradas no computador do agente, que está preso preventivamente desde novembro de 2024. Ele foi denunciado na trama golpista.
Em conversas no WhatsApp, o policial confessou fazer parte de uma “equipe de operações especiais” armada com “poder de fogo elevado” que, segundo ele, estava pronta para “empurrar quem viesse à frente” e impedir a posse do presidente Lula (PT). “Esperávamos só o ok do presidente pra gente agir. Só que o presidente deu para trás porque na véspera que a gente ia agir o presidente foi traído dentro do Exército”, afirmou Wladimir em um dos diálogos.
“Não ia ter posse cara, nós não íamos deixar. Mas aconteceu. E Bolsonaro faltou um pulso para dizer: não tenho general, tenho coronel, vamos com os coronéis, porque a tropa toda queria, toda, 100%, só os generais que não deixaram.” As conversas ocorreram entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023. Em outro diálogo, o agente afirma que “estava tudo planejado” para o golpe, mas que Bolsonaro “deu para trás”.
O policial federal afirma ainda que a cabeça de Moraes deveria ter sido “cortada” em 2020, quando o ministro anulou a nomeação do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) para dirigir a Polícia Federal. “O Alexandre de Moraes realmente tinha que ter tido a cabeça cortada quando ele impediu o presidente de colocar um diretor da PF, o Ramagem, tinha que ter cortado a cabeça dele era ali, mas não fez, foi frouxo.”
A partir das conversas, a PF descobriu também que ele participou dos acampamentos golpistas em Brasília. Soares é apontado como “infiltrado” dos golpistas no corpo de segurança do presidente Lula. O computador do policial foi apreendido na Operação Tempus Veritatis. A PF conseguiu recuperar o backup do WhatsApp no notebook de trabalho de Wladimir. Ele integra o núcleo 3 da trama golpista, que terá a denúncia analisda pelo STF no próximo dia 20. (Estadão Conteúdo)
As mensagens foram encontradas no computador do agente, que está preso preventivamente desde novembro de 2024. Ele foi denunciado na trama golpista.
Em conversas no WhatsApp, o policial confessou fazer parte de uma “equipe de operações especiais” armada com “poder de fogo elevado” que, segundo ele, estava pronta para “empurrar quem viesse à frente” e impedir a posse do presidente Lula (PT). “Esperávamos só o ok do presidente pra gente agir. Só que o presidente deu para trás porque na véspera que a gente ia agir o presidente foi traído dentro do Exército”, afirmou Wladimir em um dos diálogos.
“Não ia ter posse cara, nós não íamos deixar. Mas aconteceu. E Bolsonaro faltou um pulso para dizer: não tenho general, tenho coronel, vamos com os coronéis, porque a tropa toda queria, toda, 100%, só os generais que não deixaram.” As conversas ocorreram entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023. Em outro diálogo, o agente afirma que “estava tudo planejado” para o golpe, mas que Bolsonaro “deu para trás”.
O policial federal afirma ainda que a cabeça de Moraes deveria ter sido “cortada” em 2020, quando o ministro anulou a nomeação do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) para dirigir a Polícia Federal. “O Alexandre de Moraes realmente tinha que ter tido a cabeça cortada quando ele impediu o presidente de colocar um diretor da PF, o Ramagem, tinha que ter cortado a cabeça dele era ali, mas não fez, foi frouxo.”
A partir das conversas, a PF descobriu também que ele participou dos acampamentos golpistas em Brasília. Soares é apontado como “infiltrado” dos golpistas no corpo de segurança do presidente Lula. O computador do policial foi apreendido na Operação Tempus Veritatis. A PF conseguiu recuperar o backup do WhatsApp no notebook de trabalho de Wladimir. Ele integra o núcleo 3 da trama golpista, que terá a denúncia analisda pelo STF no próximo dia 20. (Estadão Conteúdo)