STF investiga atos de Eduardo Bolsonaro
Supremo acatou pedido da PGR para abertura de inquérito para apurar campanha de intimidação do deputado contra integrantes do STF e da PGR
Publicação: 27/05/2025 03:00
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizou a abertura de um inquérito para investigar o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pela atuação nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. A PGR atribui ao deputado uma campanha de intimidação e perseguição contra integrantes do Supremo Tribunal Federal, da Procuradoria-Geral da República e da Polícia Federal envolvidos em investigações e processos contra bolsonaristas.
Além da instauração do inquérito, Moraes já autorizou as primeiras medidas da investigação: o monitoramento e a preservação das publicações de Eduardo Bolsonaro nas redes sociais e os depoimentos do deputado e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo a decisão, eles devem ser ouvidos dentro de dez dias.
A PGR pediu para ouvir o ex-presidente por considerar que ele é “diretamente beneficiado” pela campanha e já declarou “ser o responsável financeiro pela manutenção do sr. Eduardo Bolsonaro em território americano”. Como Eduardo Bolsonaro está nos EUA, o ministro autorizou que ele seja notificado por e-mail e responda às perguntas por escrito. Eduardo Bolsonaro se licenciou do mandato na Câmara e está nos EUA desde fevereiro.
Em ofício enviado ao STF, o procurador-geral Paulo Gonet afirma, em uma análise preliminar, a conduta do deputado pode ser enquadrada em três crimes - coação no curso do processo, embaraço à investigação de infração penal que envolva organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Eduardo Bolsonaro usou as redes sociais ontem para afirmar que a abertura de um inquérito no STF para investigar sua atuação nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras é uma “medida injusta e desesperada”.
“Eu não mudei meu tom. Não há conduta nova. Há um PGR agindo politicamente. É por isso que reafirmo: no Brasil há um Estado de exceção, a ‘justiça’ depende do cliente, o processo depende da capa. Por isso decidi ficar nos EUA”, escreveu. (Estadão Conteúdo)
Além da instauração do inquérito, Moraes já autorizou as primeiras medidas da investigação: o monitoramento e a preservação das publicações de Eduardo Bolsonaro nas redes sociais e os depoimentos do deputado e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo a decisão, eles devem ser ouvidos dentro de dez dias.
A PGR pediu para ouvir o ex-presidente por considerar que ele é “diretamente beneficiado” pela campanha e já declarou “ser o responsável financeiro pela manutenção do sr. Eduardo Bolsonaro em território americano”. Como Eduardo Bolsonaro está nos EUA, o ministro autorizou que ele seja notificado por e-mail e responda às perguntas por escrito. Eduardo Bolsonaro se licenciou do mandato na Câmara e está nos EUA desde fevereiro.
Em ofício enviado ao STF, o procurador-geral Paulo Gonet afirma, em uma análise preliminar, a conduta do deputado pode ser enquadrada em três crimes - coação no curso do processo, embaraço à investigação de infração penal que envolva organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Eduardo Bolsonaro usou as redes sociais ontem para afirmar que a abertura de um inquérito no STF para investigar sua atuação nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras é uma “medida injusta e desesperada”.
“Eu não mudei meu tom. Não há conduta nova. Há um PGR agindo politicamente. É por isso que reafirmo: no Brasil há um Estado de exceção, a ‘justiça’ depende do cliente, o processo depende da capa. Por isso decidi ficar nos EUA”, escreveu. (Estadão Conteúdo)