Todos os jogadores da seleção masculina que está disputando a Copa América, no Chile, têm salários maiores - muito maiores - do que Marta. Ganham mais, também, do que os adversários deste domingo, os venezuelanos. Abismo que aumenta a pressão para evitar que o time evite o vexame de ser eliminado na fase de grupos da Copa América.

A falta do camisa 10 obrigará os 10 que estarão em campo, “na linha”, a atuarem de forma coletiva, aspecto crítico do atual time. Em especial no setor de criação. O meio-campo brasileiro foi um setor praticamente nulo nas duas partidas da competição. Sobreviveu graças a Neymar, suspenso. Produtivo, no torneio, o Brasil só foi na marcação, do meio-campo para trás.

Obrigado a mexer no time, o técnico Dunga deve aproveitar para fazer outras mudanças. O substituto do camisa 10 deve ser Robinho. Outra alteração provável é no meio-campo. A expectativa é que o treinador relativize a sua teimosia e tire Fred. Phillippe Coutinho deve ser o escolhido para melhorar o setor.
Ainda há a possibilidade de alteração no ataque. Com a atuação apagada de Firmino, Tardelli deve reassumir a titularidade. A alteração, aliás, suscita um questionamento se o problema está no isolamento criado pelo esquema tático adotado por Dunga.