Quando tinha apenas dois anos de idade, Thiago Pereira quase se afogou na piscina do seu tio, em Volta Redonda, no interior do Rio de Janeiro. Vinte e sete anos depois, o nadador chega a Toronto com uma obsessão: tornar-se o maior medalhista da história dos Jogos Pan-Americanos. Ele já é o brasileiro com maior número de títulos na competição.
Já chamado de Mister Pan, aos 29 anos, Thiago ainda não está satisfeito. No Canadá, terá duas grandes metas pela frente. A primeira é bater o recorde absoluto de medalhas do Brasil, que pertence - por enquanto - a outro nadador, Gustavo Borges. Aposentado das piscinas há 11 anos, ele faturou oito ouros na última edição que disputou, em 2003, em Santo Domingo, na República Dominicana.
A outra meta é ainda mais ambiciosa: o recorde absoluto de medalhas. Para isso, precisa ganhar no mínimo quatro, para alcançar a marca do ex-esgrimista cubano Erick López, que subiu 22 vezes ao pódio em Jogos Pan-Americanos. “No meu primeiro Pan (em 2003), nunca imaginei que chegaria onde cheguei. Estou uma medalha atrás de Gustavo e quatro de ser o maior da história. Meu objetivo é quebrar essas duas marcas e colocar o Brasil como recordista de medalhas”, afirmou o nadador ao Sportv.

Sonho olímpico
Para obter de vez o reconhecimento, Thiago ainda precisava brilhar em Olimpíadas, como Borges, dono de duas pratas e dois bronzes. Em Pequim-2008, bateu na trave, ao ficar na beira do pódio (4º) nos 200 m Medley. A tão sonhada medalha olímpica chegou quatro anos depois, em Londres. No dia 28 de julho de 2012, Thiago faturou a prata nos 400 medley, superando até o ícone Michael Phelps, que ficou em quarto da final.