A quinta final em seis anos Bem postado em campo, Santa Cruz venceu o Náutico na Arena Pernambuco por 2 a 1 e está em mais uma final do Pernambucano

Emanuel Leite Jr.
emanuelleitejr.pe@dabr.com.br

Publicação: 25/04/2016 03:00

Grafite marcou o gol que praticamente selou a classificação coral (PAULO PAIVA/DP)
Grafite marcou o gol que praticamente selou a classificação coral
De um lado, a pressão de um clube há 12 anos sem conquistar um título e que tinha uma desvantagem de dois gols. Do outro, a tranquilidade de um clube que conquistou quatro dos últimos cinco títulos Estaduais e que podia perder até por um gol de diferença para chegar à sua quinta final em seis anos. Entre o desespero e a serenidade, a balança terminou pendendo para o lado daquele time que soube jogar com o regulamento debaixo do braço. Aquela equipe que nem mesmo quando esteve atrás no marcador perdeu a quietude. Foi buscar a igualdade e, explorando o desalento do adversário, chegou à merecida virada. No fim, o 2 a 1 na Arena Pernambuco colocou, com justiça, o Santa Cruz em mais uma final de Pernambucano.

O Náutico entrou bastante modificado em relação à ida. Na zaga, Fabiano Eller deu lugar a Rafael Pereira. Na frente, as maiores mexidas. Thiago Santana passou para o lado de campo, na posição de Rony, Esquerdinha entrou na vez de Gil Mineiro e Daniel Morais retornou na função de centroavante. Pelo lado tricolor, apenas uma mudança: Leandrinho substituiu o lesionado João Paulo.

A partida começou tensa. Principalmente por parte dos alvirrubros. O Timbu foi para cima. Em 18 minutos, já havia emplacado penetrações e ultrapassagens, criando, pelo menos, três boas oportunidades. Todas desperdiçadas pelas limitações técnicas de seus atacantes. O Santa, por seu turno, procurava explorar as transições rápidas. Tendo Grafite como referência no ataque, a equipe coral, entretanto, não conseguia encaixar os contra-ataques.

O Náutico era melhor em campo. Tinha mais posse de bola. Procurava mais o jogo. Porém, foi de bola parada que conseguiu balançar as redes de Tiago Cardoso. O zagueiro Ronaldo Alves aproveitou o rebote do goleiro tricolor e cabeceou para a explosão de alegria do lado alvirrubro da Arena Pernambuco.

Segundo tempo
O Santa voltou com uma postura diferente para a etapa complementar. Ao invés de esperar pelo Náutico, adiantou suas linhas. Contudo, foi em um contra-ataque, aos seis minutos, que o Tricolor chegou ao gol de empate. Após a bola bater na mão de Tiago Costa dentro da área - e enquanto os alvirrubros reclamavam pênalti -, a equipe coral saiu em transição rápida. Grafite progrediu, driblou o goleiro alvirrubro e deixou tudo igual no placar.

O Náutico voltava, assim,  à estaca zero. Precisava de dois gols para levar a decisão para os pênaltis. Foi para o ataque. O Santa passou a controlar o jogo. Em que pese fosse o Náutico que passasse mais tempo com a bola, a defesa coral, com duas linhas  compactadas, não dava espaço. Forçava que o Timbu tentasse passes longos, que davam aos tricolores a possibilidade dos contra-ataques. Não por acaso, foram os tricolores que chegaram ao segundo gol, já nos minutos finais, com Lelê.