Conselho ainda vai debater uma possível antecipação de mais R$ 1 milhão

Em noite movimentada nos bastidores dos Aflitos, o Conselho Deliberativo do Náutico aprovou ontem a renovação do contrato com a empresa FutebolCard, responsável pela comercialização dos ingressos e gestão do quadro de sócios do clube alvirrubro. O novo vínculo terá duração de cinco anos. Por envolver futuras gestões da entidade, a aprovação do Deliberativo se fazia necessário. 

O momento esportivo do time, embalado por uma crescente na Série C, pesou na decisão dos conselheiros. Com maioria favorável, o Conselho deu o aval à proposta do Executivo, permitindo a antecipação da renovação contratual com a FutebolCard, o que garante R$ 500 mil em luvas ao clube de imediato.

Estiveram presentes na reunião os ex-presidentes André Campos, Paulo Wanderley e Diógenes Braga, que votaram a favor da renovação do contrato e a consequente liberação dos R$ 500 mil de luvas. O novo vínculo deverá ser assinado ainda na manhã de hoje e o valor de R$ 500 mil deverá cair na conta do clube até esta sexta-feira. O valor deverá ser utilizado para pagar os direitos de imagem do elenco, que venceu no último dia 20. 

O contrato também abre a possibilidade de um adiantamento de até R$ 1 milhão, que teve votação adiada pelo Conselho, sendo R$ 500 mil sem juros e os outros R$ 500 mil com juros diluídos durante os cinco anos de duração do vínculo. Ainda será definida uma nova data para a reunião que irá debater sobre este novo adiantamento, que somaria R$ 1,5 milhão para a atual direção injetar nesta reta final de Série C. 

Uma ala defende a antecipação seja definida com R$ 500 mil para o futebol e R$ 1 milhão para a recuperação judicial que o clube enfrenta. Já outra ala quer que R$ 1,5 milhão seja apenas para o futebol como injeção para a tentativa de acesso alvirrubro. 

A aprovação veio mesmo diante de preocupações com riscos financeiros e compromissos de longo prazo. 

Em seguida, estava marcada uma reunião para o debate sobre o “Caso Grupo Mateus”. Os conselheiros alvirrubros iriam debater sobre uma possível punição ao presidente Bruno Becker por ele ter confessado ter utilizado uma verba de rescisão com o Grupo Mateus como fluxo de caixa do clube, quando havia um acordo para que todo o dinheiro fosse destinado para a recuperação judicial. Porém, até o fechamento desta edição, a reunião ainda não havia terminado.