Poliana estava bastante emocionada no pódio

A brasileira Poliana Okimoto vinha fazendo uma prova perfeita. Durante quase todo o percurso dos 10km da maratona aquática, ontem, esteve no pelotão principal. O ouro seria impossível conquistar. A holandesa Sharon van Rouwendaal estava bem à frente. Porém, a briga pelo pódio vinha sendo constante até os últimos metros. Faltou um pouco de fôlego. Poliana foi ultrapassada pela francesa Aurélie Muller e a italiana Rachele Bruni, que travaram uma batalha acirrada pela prata. Muller levou a melhor. A nadadora paulista chegou na quarta posição.

Porém, a frustração por perder um pódio que estava próximo não durou muito. Pouco depois de bater no pórtico de chegada, Poliana Okimoto soube que a francesa foi desclassificada por ter, literalmente, atropelado a nadadora italiana na batida final. Assim, Rachele Bruni herdou a medalha de prata e, consequentemente, a brasileira ficou com o bronze.

REDENÇÃO
Aos 33 anos, a medalha serve como uma redenção para Poliana. Nos Jogos de Londres, há quatro anos, ela sofreu hipotermia na maratona aquática e desistiu da prova. Na saída, ainda desmaiou e foi levada de cadeira de rodas para o ambulatório da competição, que foi disputada no lago Serpentine, no Hyde Park.

“Eu não sabia que tinha ganhado a medalha, eu não estava acreditando enquanto não saía o resultado oficial. Foram vocês (imprensa) que me avisaram. Aí sim, vem o choro e todas as emoções boas que a gente sente na hora”, declarou, com um enorme sorriso no rosto.

A outra brasileira na prova, Ana Marcela Cunha, não fez uma boa prova e acabou terminando na 10ª posição. Hoje, será a vez dos homens entrar no mar de Copacabana para disputar a maratona aquática. O Brasil será representado por Allan do Carmo.