HANDEBOL » O caminho que o Brasil escolheu

Alexandre Barbosa
Enviado especial
alexandrebarbosa.pe@dabr.com.br

Publicação: 16/08/2016 03:00

Seleção feminina enfrenta a Holanda hoje,  às 10h (Divulgação)
Seleção feminina enfrenta a Holanda hoje, às 10h
O regulamento do handebol na Olimpíada tem um detalhe interessante na formação dos grupos: o dono da casa tem o direito de escolher, após o sorteio das chaves, em qual deseja ficar. Ou seja: embora seja uma competição de um nível bem alto, está nas mãos da seleção anfitriã escolher um caminho menos tortuoso, que se adeque melhor aos seus objetivos no torneio. No caso da equipe feminina do Brasil, a decisão do técnico Morten Soubak foi encarar uma primeira fase contra adversários mais fortes e, assim, cruzar nas quartas de final com um oponente de menor poder.

Essa decisão, claro, pouco teria efeito caso a equipe não fizesse a sua parte em quadra. E o Brasil fez isso. Se classificou em primeiro lugar no grupo e hoje, às 10h, enfrenta a Holanda, quarta colocada da outra chave, na Arena do Futuro, pelas quartas de finais do torneio. Teoricamente, um adversário que poderia incomodar menos que seleções como Suécia, França e Rússia.

Morten Soubak, no entanto, é cético quanto a isso. Sabe que, agora, uma outra competição tem início, com um nível de dificuldade e pressão ainda maior. “Chegamos no Rio de Janeiro com os dois pés bem no chão. E vamos continuar assim, independentemente de qualquer coisa. Não mudou nada para a gente. O que mudou é que agora é outro campeonato. Agora é mata-mata. Quem ganha fica aqui, quem perde sai”, comentou.

O Brasil chegou ao Rio como uma das seleções favoritas ao ouro. Se passar pela Holanda, como se espera, pode reencontrar com a seleção da Espanha, que enfrentam a França. Já com a Noruega, apenas numa possível final.