'Há respeito à instituição'

Publicação: 24/05/2018 09:00

Terceiro técnico que mais dirigiu o Náutico na história, com 183 partidas, torcedor declarado do clube e comandante do título estadual deste ano, que tirou o Timbu do jejum de 13 anos sem taças, Roberto Fernandes, aos 47 anos, inicia hoje um novo capítulo da sua história profissional ao assumir o Santa Cruz. E apesar da forte ligação com o agora rival, o novo comandante tricolor não teme uma rejeição da torcida por conta do seu passado. E não escondeu a motivação de voltar tão rápido ao futebol pernambucano, menos de um mês após ser demitido do alvirrubro.

O treinador recordou que essa não será a primeira vez que dirigirá clubes rivais de uma mesma cidade. Em 21 anos de carreira, Roberto Fernandes conheceu de perto as rivalidades entre Remo e Paysandu, América-RN e ABC, Ceará e Fortaleza e Atlético-PR e Paraná.

“Torcedor não é trouxa. Ele percebe que há respeito à instituição. Sou profissional e obrigado a entregar o meu melhor para defender o clube em que estou trabalhando no momento”, destacou.

Conhecedor do seu futuro elenco, já que disputou contra o Santa Cruz o Campeonato Pernambucano e a Série C, Roberto Fernandes evitou falar em possíveis reforços. “É complicado fazer uma análise de um elenco apenas por análise de resultados. Essa análise tem que vir nos trabalhos do dia a dia. Mas, na Série C, o Santa estava no G4 até a rodada passada. Então esse elenco tem capacidade para brigar pelo acesso”, analisou.

No atual grupo de atletas corais, Roberto Fernandes vai encontrar o lateral esquerdo Ávila, com quem trabalhou no ano passado e que acabou liberado no início do ano. “Não tenho nenhum problema com o Ávila. Mas acho que ele precisa resgatar a confiança perante a torcida”.

Por fim, Roberto Fernandes também evitou comentar o reencontro com a torcida do Náutico no clássico inicialmente marcado para o dia 16 de junho, no Arruda. “Meu pensamento é no jogo do Confiança (na próxima segunda-feira, pela 7ª rodada da Série C). Mas acho que não haverá problema nenhum. Contribuí para tirar o Náutico de uma fila de 13 anos, a maior da história do clube. Isso ninguém tira”.
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