“Foram 16 finalizações, 9 no gol”. Assim abriu a coletiva Allan Aal após a vitória sobre o Porto. No jogo que eu vi, o Náutico teve cinco chances reais de gol. O time de Rosa e Silva está invicto na temporada e tem a defesa menos vazada. Fato! Mas só enfrentou três adversários com “relativo” potencial. Um Santa com um orçamento “fora de série”, um Central líder pela sequência da tabela e o Botafogo-PB, que dificilmente brigará pelo título da Copa NE. Ganhou do Santa num jogo parelho. Empatou com o Central e perdeu pro Botafogo. E tomou gols nos três jogos. A defesa se impôs contra Flamengo, Afogados, Maguary, Petrolina e Porto. Pronto! A defesa está arrumada. Será mesmo? Dá pra empurrar a trapalhada no gol do Botafogo pra debaixo do tapete? Pescar números virou rotina na coletiva dos técnicos. Os analistas de desempenho pinçam aqueles que servirão de embasamento pro discurso dos treinadores. O mantra dos números. “Tivemos o maior número de finalizações com a perna esquerda”.  E daí??? “Nosso goleiro só fez duas defesas.” As outras oito foram na trave. O pior é que o técnico acredita nesses números e alguns jogadores compram a ideia. A zaga do Náutico vai se basear nesses números pra enfrentar a sequência que vem pela frente? Maranhão, Ceará, Retrô, Sport e Vitória? E quanto ao rendimento? “O time teve personalidade e paciência pra vencer o Porto”, disse Aal após o jogo. Pra mim, até os 30 minutos, foi um time disperso, sem criatividade e sem determinação, pra espremer o mais combalido Porto da sua  história. Allan, na boa: esse futebol que o Náutico mostrou contra Botafogo e Porto é suficiente para uma boa performance nas próximas cinco fogueiras sequenciais? Meu discurso seria diferente. “Estamos conscientes de que temos que evoluir muito. Mas confio no potencial do nosso grupo”. Simples assim. Mas no futebol existem muitas verdades, né Allan?
 
Ainda não...
FPF admite  a possibilidade de termos árbitros de fora. Porém, mesmo reconhecendo os erros cometidos contra o Santa nos jogos diante de Porto e Petrolina, ainda manterá a arbitragem doméstica nas próximas rodadas. Quanto ao VAR, está confirmado nos jogos das semifinais e finais. Evandro me disse ontem que vai tentar implementar o VAR nas duas partidas de quartas de final.

Pernambuco no Rio Open
Green Card para João Lucas Reis. Mais do que justo o convite para o melhor tenista do nosso Estado, e um dos grandes do país, participar do qualifying para o mais conceituado torneio internacional de tênis realizado no Brasil. Dá-lhe, João. Acorda empresariada. Patrocina o cara, pô!

Pontos preciosos
O empate entre Retrô e Maguary trouxe sentimentos antagônicos pras duas equipes. O time de Bonito comemorou o empate por ter ultrapassado o Petrolina e encostado no Afogados. A equipe aurianil deixou escapar a chance de encostar no Náutico. Ainda tem chances de ir direto pras semifinais, mas terá duas batalhas pela frente contra Santa e Náutico.