DIARIO ESPORTIVO » Clássico I

por Léo Medrado
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@leomedradope

Publicação: 11/12/2024 03:00

Alguns internautas criticaram o fato de eu ter afirmado que o Santa faria três clássicos consecutivos. Desconsideram que os confrontos do trio de ferro da capital com o Retrô sejam denominados como clássicos. Vamos falar sobre, então. Voltemos no tempo. Quando adolescente, a quarta força do nosso futebol era o Central. Depois vieram o Vitória de 91, o Porto de 97/98, o Ypiranga de 2006 e o Salgueiro de 2015, 2017 e 2020. Desses citados, apenas o último foi campeão, o Salgueiro. Os demais, decidiram turnos (Vitória, Porto e Ypiranga). O Central decidiu uma vez o Estadual (2018) e o Salgueiro outras duas (2015 e 2017). Pois bem. Excetuando-se alguns momentos dessas duas equipes jogando no Pedro Vitor de Albuquerque e no Cornélio de Barros, raramente deixava de acreditar em vitórias dos três grandes da capital no confronto diante de Central ou Salgueiro. Com o Retrô é diferente. O Retrô nasceu grande. Vai se firmando com uma estrutura que faz a diferença em relação às antigas “quartas forças”. Não à toa, nos últimos três anos chegou à final duas vezes (2022, 2023) e somente não foi no atual ano, porque Mascote perdeu um gol sem goleiro (Robson Reis salvou). O Retrô foi melhor, mas perdeu nos pênaltis. E olha que somente estreou no Pernambucano em 2020...

Clássico II
...Utilizo a palavra “clássico” não pelo histórico e tradição que ainda são muito curtos. Uso pela imprevisibilidade nos confrontos. Não dá pra cravar a vitória do trio quando um deles vai enfrentar a equipe aurianil. Ano passado, falei no Traíras e coloquei na Thumb que iria acontecer o primeiro clássico do ano quando o Sport foi à Arena enfrentar o Retrô. As mesmas mensagens (em bem menor número- estávamos com menos de dois meses no ar) foram postadas. Ao final do jogo, o Retrô, que abriu 4x1 no primeiro tempo e meteu uma bola na trave no início do segundo, venceu por um tranquilo e incontestável 4x2. No dia seguinte, estampei na Thumb: “Era clássico?” Deveríamos nos orgulhar. O Retrô com apenas sete anos de idade briga efetivamente, queiram ou não queiram os juízes, pelo título. Temos 4 grandes equipes em Pernambuco. A exceção de São Paulo e Rio de Janeiro, em que outro Estado isso acontece?

A discrepância das divisões
Adethson Leite apresentou domingo na CBN números que assustam pela absurda diferença existente entre as divisões do futebol nacional. A média de público nos jogos disputados na Série A foi de 26.000 torcedores por jogo. Na Série B, despenca pra três vezes menos: 7.544. Na C cai pra metade da B: 3.602. E na D cai pra metade da C: 1.164. E na arrecadação? Na primeira divisão a média final foi de 1,3 milhão por jogo. Na segunda... 162 mil. É ou não é uma margem de diferença estarrecedora?