Conselheiro aponta falhas na proposta Roberto Selva, membro da Comissão de Projetos Estruturantes do Deliberativo, disse que espera melhorias no modelo apresentado da SAF

GABRIEL FARIAS

Publicação: 15/03/2025 03:00

Selva defende, no momento, uma SAF 100% alvirrubra (RAFAEL VIEIRA/DP FOTO)
Selva defende, no momento, uma SAF 100% alvirrubra
A torcida do Náutico vive uma expectativa em relação ao negócio da Sociedade Anônima do Futebol (SAF). O Consórcio Timbu, grupo de investidores que pretende adquirir 90% das ações e investir R$ 400 milhões em 10 anos, apresentou a proposta vinculante ao Conselho Deliberativo do clube na última terça-feira (11). Os conselheiros irão analisar e votar sobre sua aprovação. Posteriormente, será levada para uma Assembleia Geral de Sócios.

Porém, muitos questionamentos estão sendo realizados sobre a viabilidade do negócio. O conselheiro Roberto Selva afirmou ser a favor da implementação da SAF no Náutico, mas pontuou que discorda da proposta apresentada. Em entrevista ao Diario de Pernambuco, ele explicou a necessidade de haver uma constituição da SAF alvirrubra.

“Não há movimento político nesse assunto. A discussão é técnica. A proposta não parece boa o suficiente para o Náutico por todos os motivos que já foram divulgados e tivemos que nos posicionar, de forma unânime, dizendo essa verdade. O movimento feito no Conselho é apenas pra que haja uma constituição da SAF do Náutico, com 100% para o clube. Se houver melhoria na proposta, acredito que vamos vender os 90%. Se não houver, acredito que o Náutico ficará com os 100% até ter uma proposta boa” afirmou Selva, membro da Comissão de Projetos Estruturantes do Conselho Deliberativo.  

“Houve uma distorção grande do requerimento que foi feito, o que lamento. Se for lido, fica muito claro que está se pedindo que se constitua a SAF do Náutico, com 100% para o clube, de mais ninguém. Se for bom, com investidor grande e que justifique uma compra de 90%, tenho certeza que será aprovado por todos”, completou.

Roberto Selva disse que espera garantias e melhorias na proposta vinculante apresentada pelo Consórcio Timbu.

“No Conselho está sedimentado que não dá pra ficar do jeito que está. Sobre uma melhoria da proposta, garantia dos investidores e algum projeto para os Aflitos, teremos que esperar o retorno dos investidores. O Conselho não quer montar SAF paralela nenhuma. Quer constituir formalmente a SAF, o que já deveria ter sido feito há mais de um ano, quando o próprio executivo iniciou esse processo. Mas para o clube vender, é preciso ter garantias efetivas de dinheiro novo, pois SAF é gestão e dinheiro novo até por ser um passo definitivo”, finalizou.