O empate contra o São Paulo, em pleno Morumbi, trouxe uma nova perspectiva para a torcida do Sport. Embora o resultado em campo tenha sido bom, o comportamento tático do Leão foi um ponto positivo a ser destacado. Ao invés de manter três atacantes em campo, Pepa optou por um meio reforçado com quatro jogadores, o que proporcionou uma defesa sólida e dificultou a criação do tricolor paulista. Essa mudança tática pode ser útil, principalmente quando se quer buscar resultados fora de casa. É inegável que a história do jogo seria outra se o pênalti desperdiçado por Calleri logo no início tivesse sido convertido. No entanto, o que se viu foi uma postura defensiva firme do Leão, com uma marcação intensa e uma busca para explorar os erros da defesa adversária. O contra-ataque esbarrou na falta de entrosamento, com erros de passes que comprometeram a fluidez do ataque. Para que o Sport consiga manter essa estratégia em futuras partidas, é crucial aprimorar a transição ofensiva. O time teve duas oportunidades, uma em cada tempo, que também poderiam mudar a trajetória do jogo. As substituições realizadas não trouxeram o impacto esperado, apesar de ter havido mais espaço na defesa do São Paulo, pouco explorado pelos atacantes do Leão. Hereda se destacou, enquanto Matheus Alexandre não teve uma participação tão efetiva, contribuindo para a pressão final do adversário. Com certeza, após a partida, o torcedor que estava preocupado com o que viu diante do Retrô e Altos, ficou um pouco mais otimista. O time pode render mais e, dentro da Ilha do Retiro, precisa fazer a diferença. Será no Caldeirão que a competição pode ter um salto positivo para o Leão. Como sempre foi: na pressão e força da torcida.
 
Arbitragem
A arbitragem da primeira partida do Sport não foi boa. Muitos têm dúvida sobre a penalidade (eu marcaria), mas Felipe Fernandes de Lima, de Minas Gerais, travava muito a marcação do time rubro-negro. Rivera, que sabe combater como poucos, foi perseguido. Do outro lado, deixou os jogadores do São Paulo atuar livre, em lances que o cartão era claro.
 
Desafios do Santa Cruz
Sigo preocupado com a perspectiva do Santa Cruz na Série D. A performance contra o ASA evidenciou a necessidade de reforços. Ter “a maior folha da competição”, como declarou o presidente Bruno Rodrigues, não é suficiente para garantir o acesso. O time já acumula quatro partidas consecutivas sem marcar gols. A concorrência está se reforçando e o clube coral precisa agir rápido para não ficar para trás.
 
Mudar ou não o comando?
Um ponto crucial a sobre motivação do técnico Itamar Schülle. Diretoria de futebol e investidores precisam ter uma observação crítica. Se não estão aprovando e se existe a intenção de mudar, essa decisão deve ser tomada rapidamente, pois não pode acontecer durante a Série D. Entretanto, a dúvida persiste: quem seria o substituto ideal para liderar o time em um momento tão delicado?