DIARIO ESPORTIVO » Timbu eficiente

por Beto Lago
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Publicação: 13/03/2025 03:00

Em uma demonstração de eficiência tática, o Náutico superou o Vitória por 2x0 no Barradão, avançando para a terceira fase da Copa do Brasil e embolsando mais de R$ 2,3 milhões. A noite foi marcada por um desempenho tático impecável, com o técnico Marquinhos Santos implementando uma formação inovadora, optando por três zagueiros: Felipe Santana, Rayan e Carlinhos. Essa estratégia permitiu que Hélio Borges e Vinícius atuassem pelos lados, com a responsabilidade de criar contra-ataques, enquanto Patrick Alan se posicionava mais adiantado, controlando as jogadas ofensivas. Aos 6 minutos, Hélio Borges quase abriu o placar, acertando a trave em um potente chute de fora da área. Após resistir a uma pressão inicial do Vitória, o Timbu conseguiu marcar aos 27, quando Hélio Borges, novamente, acertou um belo chute, colocando o Náutico em vantagem. A defesa alvirrubra se destacou, anulando as investidas do time baiano. Aos 35, em uma jogada trabalhada, Patrick Alan cobrou escanteio, Vinícius desviou e Marcos Ytalo, livre de marcação, ampliou a vantagem para 2x0. No segundo tempo, a equipe alvirrubra se viu em um momento crucial: suportar a pressão intensa do Vitória, que buscava reagir. O torcedor do Barradão, já frustrado com a performance da sua equipe, vaiou na saída para o intervalo. O Náutico, ciente da importância de manter a posse de bola e controlar o jogo, optou por uma postura defensiva, dificultando a criação de jogadas do adversário. As tentativas de cruzamentos na área do Timbu não surtiram perigo real, sendo que a única grande defesa do goleiro Muriel ocorreu apenas aos 48 minutos. A vitória por 2x0 não apenas consolidou a eficiência tática do Náutico, mas também quebrou um tabu de 22 jogos sem derrota da equipe baiana. Agora, o Náutico aguarda ansiosamente o sorteio do próximo adversário, e o torcedor começa a sonhar em eliminar, quem sabe, mais uma equipe da Série A, considerando suas vitórias anteriores sobre Ceará (1x0, nos Aflitos, pela Copa do Nordeste) e Sport (2x1, na Ilha do Retiro, pelo Estadual).
 
Garantias e confidencialidades

A proposta vinculante da SAF do Náutico levanta questões críticas que merecem uma reflexão profunda. A ausência de garantias financeiras, a presença de potenciais conflitos de interesse (como investidores que também atuam como agentes de atletas) e a significativa transferência de patrimônio do clube são pontos que exigem um debate mais amplo entre os conselheiros e sócios. A cláusula de confidencialidade, presente na proposta, é especialmente preocupante, pois impede a transparência necessária em assuntos que envolvem a gestão de clubes de futebol, que devem ser tratados com total clareza e responsabilidade.
 
SAF tem dono

É importante que os torcedores compreendam que a SAF não possui um prazo de validade definido. A necessidade de injeções financeiras por parte dos investidores não implica que essa estrutura será temporária. Na prática, isso significa que o clube tradicional será substituído por uma nova entidade com donos, alterando sua identidade e governança de forma significativa.