Que grande decisão! Em um jogo nervoso e emocionante, recheado de chances para ambos os lados, a conquista do tricampeonato do Sport foi selada nas cobranças de pênaltis. Este título, o 45º da história do Leão da Ilha, reafirma a hegemonia do clube rubro-negro no Estado, mas o triunfo exigiu muita superação. Durante a maior parte da partida, o Retrô teve um desempenho dominante. O Sport abriu o placar com um gol de Chico, mas Mascote, de cabeça, empatou a partida. No segundo tempo, o cenário se complicou para o Leão. Logo no início, um gol de Sérgio Oliveira foi anulado por falta de Barletta, e, aos 20 minutos, uma entrada violenta levou o VAR a chamar a arbitragem, que expulsou Sérgio Oliveira. Com um jogador a menos, o Sport recuou, cedendo mais espaço para o Retrô, que, aos 27 minutos, virou o jogo com uma bela cobrança de falta de Fernandinho. O nervosismo tomou conta de ambos os times, e as oportunidades continuaram a surgir até o apito final. Na disputa de pênaltis, a sorte sorriu para o rubro-negro. Rivera, Chico, João Silva (que perdeu a primeira cobrança, mas marcou no segundo, após o goleiro Volpi se adiantar) e Carlos Alberto converteram suas penalidades. Do lado do Retrô, Grafite viu seu chute ir na trave, enquanto Caíque França defendeu um pênalti crucial. O placar final foi 4x2, consagrando o título ao Leão. No entanto, a confusão entre os jogadores após o fim da partida deixou uma mancha negativa em um duelo tão disputado, digno de uma decisão de Estadual. Parabéns ao Sport pela conquista e ao Retrô pela bela exibição de futebol!
 
A saída de Schülle
Diferentemente de muitos torcedores do Santa Cruz, a saída de Itamar Schülle foi acertada. No entanto, a forma como foi conduzida merece críticas. A diretoria optou por conversar com o treinador pouco antes de preparação para um treino, e, para um profissional que dedicou tempo e esforço ao clube, uma abordagem mais respeitosa e cuidadosa era esperada. O trabalho de Itamar foi repleto de desafios, e sua saída deveria ter sido com mais dignidade.
 
A chegada de Marcelo Cabo
Quanto à chegada de Marcelo Cabo, minha posição é clara: não vejo com bons olhos. A proposta de trabalho de Cabo assemelha-se em demasia àquela que Schülle implementou. O Santa Cruz precisa de um novo olhar sobre a equipe, que vá além dos mesmos esquemas e filosofias que não vinham dando certo. Na Série D, o Santa precisa ser propositivo, jogar de forma a se destacar com sua história e tradição. O Tricolor é o gigante da competição e deve se comportar como tal.
 
Quem assume?
Ficam as dúvidas: quem, de fato, é o responsável pela saída de Itamar Schülle? E quem decidiu pela contratação de Marcelo Cabo? A atual diretoria ou foi uma imposição dos investidores? Os desafios que enfrentará na Série D são significativos, e a forma como a diretoria lida com as mudanças pode impactar diretamente o desempenho da equipe em campo.