“Vencer é o céu, perder é o inferno”, frase proferida pelo ex-dirigente do Sport, Manoel Costa, o Costinha, ressoa com precisão esse momento do Leão. No sábado, a equipe tem o Fortaleza, na Ilha do Retiro, em um duelo que, para o Sport, assume ares de decisão. A pressão é clara: a vitória é fundamental para iniciar uma recuperação na tabela de classificação, para começar a deixar para trás o Z4. Este confronto não se resume apenas ao campo. A figura do treinador Pepa se destaca em meio ao nervosismo que permeia o ambiente. A expectativa gira em torno de sua escalação e do desempenho do time, que tem gerado dúvidas até entre os torcedores mais fiéis. A grande incógnita, porém, se revela na maneira como a torcida receberá Pepa ao pisar no gramado da Ilha. Após uma sequência de resultados insatisfatórios, onde o Sport conquistou apenas um ponto em 15 possíveis, a paciência do torcedor está em frangalhos. Nas redes sociais, as críticas não param: os torcedores expressam insatisfação com o rendimento do time e a escolha de jogadores cujas atuações não têm convencido. Há uma necessidade urgente de um “voto de confiança” por parte da torcida (que deveria ter vindo do clube). Um chamado para que as arquibancadas não se tornem um adversário a mais. Vencer se tornou uma questão de sobrevivência. O time não pode se acostumar a habitar a parte de baixo. Uma parada no calendário após a 12ª rodada se aproxima, e para equipes que possuem recursos, essa será uma oportunidade de reforçar seus elencos. O Sport precisa buscar a vitória a qualquer custo. É crucial que, do primeiro ao último apito, essa trégua parta dos torcedores. Eles têm o poder de transformar a atmosfera do estádio e, da mesma forma, de impactar o desempenho dos jogadores em campo. Se o apoio for demonstrado, poderá ser o impulso necessário para o time reencontrar a confiança e a força para competir. Se o Sport conquistar a vitória, haverá aplausos e celebrações. Caso contrário, o retorno à crítica e à insatisfação será inevitável. E aí, torcedor, você se unirá a esse voto de confiança?

Quem vence na rodada?
Será que o final de semana pode ser mais proveitoso para o futebol pernambucano? Dos outros quatro jogos, Retrô e Central vão ter paradas bem complicadas. Coloco o duelo do Náutico também nesta lista, mas o técnico Hélio dos Anjos ganhou mais tempo para organizar o time. No Arruda, o Santa Cruz é amplamente favorito contra o Horizonte. Curioso só para saber o time titular.

Desafios financeiros
A fragilidade da gestão do Náutico nos últimos anos se manifesta em um preocupante número de ações judiciais. Em 2024, foram 27 ações enfrentadas pelo clube, enquanto em quatro meses de 2025 já são 10, totalizando uma pesada soma de R$ 1,334 milhão. Pior: a grande maioria são dívidas que entram no conceito de créditos extraconcursais. Boa parte deles são débitos constituídos após a entrada do clube em recuperação judicial, que ocorreu em 2023, e não ficam incluídos no plano de pagamento. Por isso, devem ser tratados como débitos do clube. Esses problemas comprometem a saúde fiscal do Náutico.