Ednaldo Rodrigues sustenta que processo que o elegeu foi legítimo e sem falsificação

Na mesma semana em que ganhou as manchetes por anunciar a contratação de Carlo Ancelotti para treinar a Seleção Brasileira, Ednaldo Rodrigues voltou aos holofotes, mas agora por um motivo constrangedor. O dirigente foi afastado da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ontem.

A decisão foi do desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), após o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pedir a apuração de fraude na assinatura do ex-presidente da entidade coronel Nunes no acordo que havia estabilizado Ednaldo no cargo. O agora presidente afastado da CBF afirma que não houve falsificação.

O despacho do TJ-RJ define que Fernando José Sarney, vice-presidente da CBF, aja como interventor e convoque uma eleição para os cargos diretivos da CBF “o mais rápido possível”. Até a posse, caberá a Sarney os poderes de administração.

O TJ-RJ recebeu uma determinação do STF para investigar a possibilidade de a assinatura de Antônio Carlos Nunes de Lima, o coronel Nunes, no acordo que manteve Ednaldo Rodrigues no comando da CBF, homologado pelo STF em fevereiro, ter sido falsificada. O caso veio à tona na última semana, após uma perícia ser anexada ao processo. Segundo a análise, foram observados elementos que diferenciam a escrita.

Outro ponto que põe em dúvida a autenticidade da assinatura é o fato de Nunes, de 86 anos, ter informado à Justiça sofrer de um tumor no cérebro e cardiopatia grave. Junto à perícia, foi anexado um laudo apresentado pelo Dr. Jorge Pagura.

CARLO ANCELOTTI
O afastamento de Ednaldo Rodrigues fez surgir dúvidas em relação à situação do ténico italiano Carlo Ancelotti, confirmado como treinador da Seleção Brasileira na última segunda (12). Mas o interventor, Fernando Sarney, disse que nada muda.