A organização não-governamental internacional atua desde 2010 na comunidade, realizando ações em áreas como a habitação

A sustentabilidade em suas diversas formas. Os moradores da Bomba do Hemetério, na Zona Norte, receberam ontem uma cartilha sobre os cuidados com o meio ambiente, resultado de um trabalho iniciado em 2010 pela organização não governamental Habitat para a Humanidade. A ONG, que atua em 70 países, busca melhorar as condições das moradias em áreas de baixa renda. Viver bem tem como preceito mais amplo o cuidado, também, com os espaços coletivos. Por isso, uma das preocupações é inserir a comunidade nas discussões sobre ações que precisam ser implementadas.

Cartilha distribuída ontem é voltada a aumentar a participação dos jovens

A cartilha da participação de jovens no contexto de um meio ambiente seguro foi distribuída entre estudantes e professores da Escola Estadual Mardônio Coelho. O material será usado como conteúdo socioambiental nas salas de aula. Dicas sobre o destino correto do lixo ou o tratamento que deve ser dado com a vegetação de áreas de morro estão lá. Apesar de o bairro estar inserido em uma área plana, ele está ladeado por morros extremamente povoados que interferem em sua dinâmica socioambiental e urbanística. “Acho que é importante entender o conceito do meio ambiente de maneira que ele possa ser trabalhado no nosso dia a dia”, revelou o estudante Walace da Silva, 15 anos, do 2º ano do ensino médio.

O entendimento dos espaços coletivos é um dos olhares, mas a principal meta é melhorar as condições de moradia com alternativas sustentáveis. A aposentada Maria Alves da Silva, 69 anos, mora em uma casa de taipa. O telhado da residência apresenta problemas e as paredes não estão suportando o peso da madeira. “A nossa orientação é reduzir a madeira e substituir o telhado por fibra de cimento, material mais leve”, explicou o técnico em edificações Dieggo Saraiva, da ONG. “Eu vou me sentir mais segura quando esse telhado for trocado”, revelou ela. A aposentada recebeu também a visita do presidente da Habitat, Jonathan Reckford. Para ele é mais indicado melhorar as condições de moradia das comunidades do que fazer remoção. “A experiência vem mostrando, em todo o mundo, que o trabalho de prevenção tem um efeito mais transformador nas comunidades”. O pensamento é compartilhado pela diretora nacional da ONG, Socorro Leite. “No Recife, temos o exemplo da remoção dos moradores das palafitas de Brasília Teimosa para o Cordeiro, um espaço que não atende às necessidades delas”.

Saiba mais

• Ações preventivas para um ambiente seguro
• Não plante árvores grandes nas barreiras, pois elas podem provocar deslizamentos
• Plante grama, porque as raízes ajudam a segurar a terra
• Se tiver capim por perto, lembre-se de sempre rebaixá-lo
• Use bicas de plástico ou bambu. Elas ajudam a aparar a água da chuva e evitam que a casa fique com umidade
• Não jogue lixo nas encostas. Essa prática gera peso na barreira, entope a saída de água e pode provocar deslizamento
• Não jogue lixo nas ruas, canais e canaletas. Essa prática aumenta o risco de surgimento de doenças, colocando a saúde da população em risco
• Não construa muito perto da barreira. Qualquer deslizamento pode colocar em risco a vida da sua família
• As fossas próximas à barreira também precisam ser evitadas
• Não deixe os vazamentos na tubulação de água sem conserto. A água infiltra na barreira e pode causar deslizamento
• Se houver sinal de que a barreira próxima à sua casa pode deslizar, entre em contato com a Defesa Civil

Fonte: Cartilha da Ong Habitat

Serviço

Defesa Civil
Telefone:
0800 081 3400