Nova versão para o nome do estado
Pesquisador acredita que origem da palavra Pernambuco vem de Fernambouc (boca de Fernão) e não do tupi paranã puka, ou seja %u201Cburaco no mar%u201D
Publicação: 15/05/2016 03:00
Pernambuco vem do tupi paranã puka, ou seja, “buraco no mar”. Pelo menos foi isso que lemos nos livros e ouvimos nas aulas de história. Depois de mais de cinco séculos, a origem do nome do estado foi contestada pelo pós-doutor em economia e professor universitário Jacques Ribemboim, que traz outra versão para o nome no livro Pernambuco de Fernão, lançado pela Editora da Universidade Federal Rural de Pernambuco no último dia 25. Segundo ele, Pernambuco vem, na verdade, de Fernambouc (boca de Fernão), referindo-se a Fernão de Noronha, chefe do grupo empresarial que arrendou o Brasil de 1502 a 1514 e que também originou a denominação do arquipélago Fernando de Noronha.
Em 131 páginas, Ribemboim propõe uma nova interpretação para o nome do estado. Foram três anos de pesquisa. Na busca do material necessário para defender a nova origem etimológica, o escritor viajou mais de 40 mil quilômetros e procurou evidências em bibliotecas da Europa. Consultou acervos normandos, bretões e de La Rochelle, cidade da costa mediterrânea francesa, e em arquivos de Portugal. “Fui reunindo uma série de indícios, mapas antigos. A cartografia antiga é a principal pista sobre esse período da nossa história porque não tínhamos documentação sobre Pernambuco escrita antes de 1535, que é o ano de chegada de Duarte Coelho”, afirma o pesquisador.
Entre os mapas e documentos dos séculos 16, 17 e 18, Ribemboim encontrou várias maneiras de grafar Pernambuco. Versões francesas, castelhanas, italianas, flamengas, inglesas ou em latim assinalavam variantes como Fernambouc, Fernambuck, Fernam Buquo, Pharnambucci, Pernambuche e outras. “Em todas elas, trazem implícito o mesmo nexo de pertinência em relação a Fernão de Noronha”, ressalta. Para corroborar a tese, o autor lembra o fato de que o primeiro donatário da capitania, Duarte Coelho, tentou chamar Pernambuco de “Nova Lusitânia”, mas não obteve êxito. “Ao chegar às suas terras e tê-las encontrado com o nome do antigo dono, empenha-se logo em rebatizá-la”, escreve.
Em 131 páginas, Ribemboim propõe uma nova interpretação para o nome do estado. Foram três anos de pesquisa. Na busca do material necessário para defender a nova origem etimológica, o escritor viajou mais de 40 mil quilômetros e procurou evidências em bibliotecas da Europa. Consultou acervos normandos, bretões e de La Rochelle, cidade da costa mediterrânea francesa, e em arquivos de Portugal. “Fui reunindo uma série de indícios, mapas antigos. A cartografia antiga é a principal pista sobre esse período da nossa história porque não tínhamos documentação sobre Pernambuco escrita antes de 1535, que é o ano de chegada de Duarte Coelho”, afirma o pesquisador.
Entre os mapas e documentos dos séculos 16, 17 e 18, Ribemboim encontrou várias maneiras de grafar Pernambuco. Versões francesas, castelhanas, italianas, flamengas, inglesas ou em latim assinalavam variantes como Fernambouc, Fernambuck, Fernam Buquo, Pharnambucci, Pernambuche e outras. “Em todas elas, trazem implícito o mesmo nexo de pertinência em relação a Fernão de Noronha”, ressalta. Para corroborar a tese, o autor lembra o fato de que o primeiro donatário da capitania, Duarte Coelho, tentou chamar Pernambuco de “Nova Lusitânia”, mas não obteve êxito. “Ao chegar às suas terras e tê-las encontrado com o nome do antigo dono, empenha-se logo em rebatizá-la”, escreve.