Como se estivesse pisando em pregos

Publicação: 21/08/2016 03:00

A definição é dura, mas é assim que Cecília Duda, 28 anos, consegue explicar a quem nunca foi infectado com chikungunya a dimensão das dores. Ela diz que pegou a doença duas vezes, mas essa possibilidade ainda é descartada pelos pesquisadores.

Em fevereiro deste ano, sentiu dores na barriga e na cabeça. Em maio, a doença chegou mais forte. Foi quando realmente se apresentaram os sintomas característicos, como dores nas juntas e febre. Sem conseguir se levantar da cama foram cinco dias, mas entre tentativas frustradas de ir ao então emprego e precisar pedir para voltar, foram 15 dias em casa.

“Eram dores nas mãos, nos braços, como se fosse uma tendinite. Hoje ainda sinto o joelho, às vezes parece que ele está deslocando. Principalmente quando me abaixo, mas pelo menos já consigo fazer as atividades”. Na mesma semana em que ela ficou doente, outras seis pessoas da rua apresentaram os sintomas. Cecília é um exemplo de que - mesmo diante das campanhas - os sintomas e diferenças entre as três arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti em Pernambuco ainda prcisam de maior divulgação.