Mudança climática traz mais doenças

Publicação: 23/08/2017 03:00

O Mapa de vulnerabilidade climática de Pernambuco aponta as influências que as mudanças climáticas podem provocar nas endemias, principalmente as infecciosas. Os especialistas sabem que fatores como temperatura e precipitação são capazes de interferir no ciclo reprodutivo de insetos transmissores de enfermidades.

Em Pernambuco, o estudo considerou as seguintes doenças sobre a população: dengue, leptospirose, leishmaniose tegumentar americana, leishmaniose visceral e esquistossomose, além de considerar também o índice de mortalidade infantil por doenças intestinais.

Ao analisar os municípios pernambucanos mais afetados pelas doenças, os dados apontam que o Recife apresentou o maior índice (1,0), em virtude dos casos de mortalidade infantil por diarreia e dengue. O Cabo de Santo Agostinho e Jaboatão dos Guararapes mostraram vulnerabilidades elevadas em comparação aos outros municípios do estado: 0,77 e 0,81, respectivamente.

Cidades como Caruaru (0,58) e Petrolina (0,58) e outras localizadas no Sertão, a exemplo de Santa Cruz (0,50) e Parnamirim (0,52), demonstraram um índice intermediário para as doenças associadas ao clima.

ZIKA
A síndrome congênita é exemplo da interferência do clima na infestação. Transmitida pelo Aedes aegypit, que se propaga mais facilmente no período de chuvas.