CASO MARIA ALICE » Família pede agilidade em julgamento

Publicação: 21/02/2018 03:00

Familiares da estudante Maria Alice de Arruda Seabra Amorim, estuprada e assassinada há dois anos e oito meses pelo padrasto, realizaram, na manhã de ontem, um ato em frente ao Fórum do município de Itapissuma, na Região Metropolitana do Recife. Eles cobraram agilidade da Justiça para que seja marcada a data do júri popular. Os parentes da vítima, que morreu aos 19 anos, temem a prescrição dos crimes cometidos por Gildo da Silva Xavier, 36.

Alice foi encontrada morta em um canavial de Itapissuma, em 19 de junho de 2015, após ficar desaparecida por cinco dias. A polícia só conseguiu localizar o corpo depois de o suspeito se entregar num posto de combustíveis em Goiana. Ele confessou ter estuprado e estrangulado a enteada e chegou a indicar o local onde estava o corpo dela. Na época, Gildo afirmou ter cometido o crime por ciúmes.

O padrasto foi denunciado pelo Ministério Público por sequestro qualificado, estupro, homicídio quadruplamente qualificado e ocultação de cadáver. Caso condenado, poderá pegar penas que chegam a 48 anos de prisão.

O réu está no Presídio de Igarassu, aguardando julgamento. De acordo com o Tribunal de Justiça, no início do ano passado a defesa chegou a impetrar recurso contra a sentença de pronúncia, que decidiu que ele vai a júri popular, mas não teve o pedido aceito. “Após a decisão, o processo voltou para a Vara Única da Comarca de Itapissuma em outubro de 2017. No mesmo mês, o juiz José Romero Maciel solicitou a manifestação do advogado do réu. Ele não se manifestou. O juiz, então, solicitou a intimação de Gildo da Silva Xavier, por meio de um oficial de Justiça, para decidir se ele continua com o mesmo advogado ou se nomeia um defensor”, informou, em nota, o tribunal.  O juiz ainda aguarda manifestação da defesa. Caso isso não aconteça, a Justiça nomeará um defensor.  

A juíza Fernanda Vieira Medeiros é a atual titular da Vara Única de Itapissuma, que tinha como substituto o juiz José Romero Maciel. A partir de ontem, Romero assumiu de forma exclusiva sua comarca de origem, na Ilha de Itamaracá, e o processo ficará, então, com a magistrada.