Diario urbano

por Jailson da Paz
jailson.paz@diariodepernambuco.com.br
diariodepernambuco.com.br

Publicação: 01/03/2018 03:00

Lugar do futuro

Detalhes fazem a diferença, inclusive ao se pensar o futuro. Em síntese, é o recado da Justiça Federal ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) quando ordenou a análise de qualquer projeto construtivo nos antigos armazéns do Porto do Recife. Ordenou atenta à perspectiva de que o lugar destinado às obras de um centro de convenções se encaixa na área de possível ampliação de tombamento do bairro de São José. Do Iphan isso já deveria ser externado e não o apego à geografia do que apenas é ou não é. Pelo patrimônio histórico e cultural, o Recife se mostra uma cidade a ser encarada com visão à frente. Não que um centro de convenções, aliado a um hotel de grande porte, conforme previsto para o Cais de  Santa Rita, não se traduza em empregos e tributos. O empreendimento será capaz disso. Mas a inexistência de uma avaliação técnica, solicitada pelo Ministério Público Federal e referendada pela Justiça Federal, vai além do curto e do médio prazos. E guiará o futuro da cidade, se seguidas de debates, que nunca excluem a possibilidade de o novo ao antigo, mas sem que este seja relegado.

Volta do poeta
Depois de um ano e sete meses, a estátua de Joaquim Cardozo retornou à Ponte Maurício de Nassau, no Centro do Recife. A peça teve um braço quebrado e foi jogada ao chão em agosto de 2016, tendo o retorno sido programado para janeiro deste ano.

Conservação da água
O ritmo das ocupações irregulares Sítio dos Pintos preocupa os ambientalistas. Eles temem o desaparecimento dos riachos e dos olhos d'água da unidade de conservação que tem o mesmo nome do bairro. Na unidade, há seis riachos e 11 olhos d'água.

Donas das margens
Capivaras são animais quase onipresentes nas margens do Rio Capibaribe, segundo moradores da Torre, de Santana e das Graças. A preocupação é quanto ao controle dos bichos e a que órgão ambiental comunicar a aparente explosão populacional.

Prédios históricos
As denúncias de derrubada e descaracterização dos casarões nas Graças têm feito empresas despertarem para a preservação. Na Marca Engenharia, especializada em readequar prédios históricos, a procura pelo serviço só aumenta, principalmente para a Avenida Rui Barbosa.

Chalés do Carmo
Em Olinda, a briga pela preservação dos Chalés do Carmo, na Avenida Sigismundo Gonçalves, ganhou novo capítulo ontem. O Ministério Público recomendou que o estado faça a vigilância e recupere os quatro chalés, construídos no século 19.

Furtos e sujeira
Os quatro Chalés do Carmo, tombados em caráter estadual e dentro do perímetro do Sítio Histórico de Olinda, tiveram as instalações elétricas e hidráulicas furtadas. Neles, entulhos se acumulam no subsolo, pedaços do reboco despencam e há infiltrações.

Aparelhos locados
Enquanto médicos se queixam do calor na Maternidade Barros Lima, em Casa Amarela, a direção da unidade afirma que o ar-condicionado do bloco cirúrgico funciona normalmente e que os aparelhos são locados, acionando-se a empresa para consertos e substituições.