Parceria expandida para outras áreas

Publicação: 20/04/2018 09:00

A rede de cooperação e ação do Casa Forte Mais Seguro entre sociedade civil e agentes públicos, a partir da ferramenta do WhatsApp, saiu da esfera da segurança pública e se estendeu para outras pendências da comunidade. Problemas e soluções para temas como iluminação pública, calçamento, arborização e mobilidade também são levados para dentro do grupo. Foi assim que surgiu o convite para que diretores da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) do Recife participassem da rede.

“Essas outras pautas foram sendo integradas porque uma boa ou má iluminação, por exemplo, interfere diretamente na sensação de segurança das pessoas. Por sua vez, uma poda de árvores inadequada pode comprometer a iluminação”, explicou o vice-presidente da Associação dos Moradores e Amigos do Poço da Panela Jorge Bandeira, integrante do Casa Forte Mais Seguro desde o início das atividades.

Os encontros trimestrais, com caminhadas pelos bairros, ocupação das ruas e melhor relacionamento com os vizinhos também são formas de integração da comunidade com o lugar onde moram.

O diretor de Iluminação Pública da Emlurb, Bruno Simões, bastante engajado no grupo, lembra que as demandas do Casa Forte Mais Seguro são cadastradas no sistema de gerenciamento de solicitações da empresa, como as demais da cidade que chegam através do 156. Ele lembra que os bairros dentro do perímetro do grupo não têm prioridade sobre outra região do Recife, embora acredite que haja uma cobrança mais efetiva dessas pessoas em relação a suas solicitações.

“A grande vantagem dessa iniciativa é o retorno direto ao demandante de sua solicitação. Percebemos que muitas vezes o protocolo é aberto e o reclamante não acompanha o atendimento do seu pleito. E hoje temos um índice de eficiência no atendimento de iluminação pública (lâmpada apagada) de 99% dentro do prazo máximo de quatro dias para toda a cidade. Casa Forte acompanha esse índice”, relata Simões.

O morador do Residencial Casa Forte Aderbal Monteiro Junior, que participa desde fevereiro de 2017, aproveita para repassar as ações do grupo para os outros condôminos do prédio onde mora, para que também possam participar. “Levo todas as discussões do grupo de WhatsApp para os moradores do meu prédio. E eles participam me repassando as informações. Além disso, o Residencial Casa Forte já ganhou um prêmio pela coleta seletiva de lixo e já trouxemos essa proposta para a ferramenta. Estamos sempre trocando experiências de cidadania”, afirma Aderbal.

Números
  • 200 moradores fazem parte do grupo
  • Menos de 24 horas é o que geralmente a polícia leva para fazer operações relativas às denúncias
  • 32 bairros são cobertos pelo 11º Batalhão da PM
  • 396 mil pessoas residem neles