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Qual é o seu Parque da Jaqueira?
Há 33 anos fazendo parte da rotina dos recifenses, área de 70 mil metros quadrados é um polo de atividades para pessoas de todas as idades e perfis
Publicação: 20/04/2018 09:00
O Parque da Jaqueira faz parte da memória afetiva de muitos recifenses. É para onde as lembranças de infância levam ao recordar brincadeiras ao ar livre. Parte fundamental da história da capital pernambucana e da valorização da Zona Norte da cidade, a área pública congrega pessoas de todas as idades, das diferentes localidades da Região Metropolitana e com os mais diversos interesses. Com 33 anos de funcionamento, o parque oferece estrutura para quem quer ler, se exercitar, brincar, fotografar e até comemorar aniversários.
A área verde onde, desde 1985 funciona o parque, já foi sítio, campo de futebol e plano para receber loteamentos de casas para funcionários do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Hoje, é o terceiro maior parque da cidade, atrás apenas do Parque de Exposições do Cordeiro e do Parque Santana Ariano Suassuna.
A estrutura completa do parque conta com três playgrounds divididos de acordo com a faixa etária das crianças, com brinquedos em ferro e madeira, escorregos, balanços, gangorras, “foguetão”, brinquedos inclusivos para crianças com deficiência e tirolesa, pista de cooper, espaço para patinação, pista de bicicross, pista para ciclistas, circuito para exercícios, capela e uma Academia Recife.
Além disso, está instalado lá um econúcleo da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, espaço que completa três anos neste mês e abriga atividades educativas permanentes, como jogos digitais, brincadeiras, contação de história, esquetes teatrais, viveiro de mudas nativas e um minhocário. O espaço, ainda pouco usado pela população, oferece oficinas feitas por arte educadores voltadas para as crianças aprenderem brincando.
De acordo com a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife, órgão responsável pela gestão do Parque da Jaqueira, não há intervenções ou projetos de melhorias programados para este ano. O Diario passou uma tarde no principal parque da Zona Norte da cidade e conta, a partir dos olhares de seus frequentadores, quais são os diversos usos desse espaço público.
Opções
A Zona Norte também tem mais três parques públicos abertos todos os dias para a população. No Parque Santana, o visitante pode jogar tênis, frequentar a Academia Recife e até levar seu cachorro para se exercitar, no Parcão, entre outras atividades.
O Parque da Macaxeira tem campo de futebol, duas quadras poliesportivas, pista de bicicross, skatepark, dois parques infantis, pista de cooper, ciclovia e uma Academia Recife. No Parque Apipucos, o visitante também encontra pista de cooper, brinquedos infantis, academia ao ar livre e espaço para eventos.
Para que eles usam o parque
Para ler
Enquanto as aulas da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) não começam, a estudante Mariana Araújo, 19, trabalha em uma livraria localizada em frente ao Parque da Jaqueira. Quando larga do primeiro emprego, atravessa a rua sempre com um livro a tiracolo. Gosta de ler livros de biologia e de ficção científica. Está também acompanhando a saga Harry Potter. “O Parque da Jaqueira é um lugar perfeito para ler. Silencioso, calmo e agradável. O ambiente favorece a leitura”, diz.
Para se exercitar
De segunda a sexta-feira, o militar aposentado Alexandre Carvalho, 57, é visto correndo no Parque da Jaqueira. A proximidade de casa, a segurança e o clima do local são os principais atrativos, segundo ele. “O fato de ter muita gente se exercitando também é um motivo, pois é um estímulo a mais na hora de se exercitar”, afirma. Na avaliação do frequentador assíduo, a pista de cooper está em excelentes condições. “Precisa apenas de uma melhoria na sinalização”, pontua. A Emlurb respondeu que realizou um levantamento na pista de cooper. “Vamos programar a ação de sinalização neste semestre”, informou.
Para fotografar
O Parque da Jaqueira é um dos lugares mais procurados da cidade para a realização de ensaios fotográficos. De todas as sessões que a fotógrafa Alessandra Rodrigues, 28, faz por mês, metade é lá. “Fotografo há 10 anos, e a Jaqueira sempre foi um lugar em alta. O verde, a segurança e a localização fazem os clientes optarem por esse espaço”, conta. Mãe de Gilberto, fotografado por Alessandra como recordação do primeiro ano de vida, a dentista Rhayssa Muniz, 30, já frequentava o parque quando decidiu fazer a sessão de smash the fruit (sequência de fotos da criança esmagando frutas). “Moro nas Graças e sempre venho para ele brincar”, revela.
...para comemorar o aniversário
O programa favorito do pequeno Davi é ir ao Parque da Jaqueira com os amigos. Sem uma área de lazer como a da Zona Norte do Recife no bairro onde mora, Águas Compridas, Olinda, ele percorre, com a família, sete quilômetros para chegar ao destino. “A festinha de quatro anos dele não podia ser em outro lugar”, comenta a mãe de Davi, a dona de casa Danielle Lins, 30 anos. “É o lugar preferido dele. Viemos com os amigos e família comemorar”, completou o pai, Edson Gomes, 29 anos. O bolo de chocolate com confeitos coloridos foi colocado em uma área do jardim próximo à tirolesa. Depois que as crianças brincaram, comeram um pedaço cortado com carinho pelo menino acompanhado de refrigerante.
...para cuidar
Quando chove, o vendedor Saulo Barrero, 26, se junta aos amigos que praticam bicicross para cuidar dela da pista. Eles usam ferramentas para deixar os montes de barro apropriados para a prática do esporte. Eles sabem que se não fizerem o serviço ficará difícil voltar a realizar as manobras com a bicicleta. Ele frequenta o parque nas terças e quintas-feiras para treinar, mas abriu mão de um dia de prática para organizar o espaço. “É público, temos que cuidar também”, ressaltou. A Emlurb informou que a manutenção da área é feita pelos atletas dessa modalidade, que se encarrega de cuidar e manter a pista, “já que eles possuem o conhecimento adequado para deixar a pista em boas condições de uso”. A Emlurb fornece o barro para a associação de atletas.
...para brincar
Em uma cidade insegura e sem a oferta de espaços públicos de qualidade em todos os bairros, poder correr em uma área verde é um privilégio. “Só de ver minha filha correndo livremente, brincando com bolinhas de sabão e vendo as árvores, já gosto do espaço”, diz a secretária escolar Mônica Cavalcanti, 36 anos. Ela costuma levar a filha Geovana Cavalcanti, 2 anos, para brincar nas áreas infantis do Parque da Jaqueira. “Sinto falta de equipamentos mais adequados para crianças pequenas como ela, mas gosto muito do parque”, afirma. Além da área de brinquedos, outra parte que atrai a pequena é o econúcleo, onde aprende sobre sustentabilidade, lixo orgânico e reciclagem por meio de brincadeiras.
A área verde onde, desde 1985 funciona o parque, já foi sítio, campo de futebol e plano para receber loteamentos de casas para funcionários do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Hoje, é o terceiro maior parque da cidade, atrás apenas do Parque de Exposições do Cordeiro e do Parque Santana Ariano Suassuna.
A estrutura completa do parque conta com três playgrounds divididos de acordo com a faixa etária das crianças, com brinquedos em ferro e madeira, escorregos, balanços, gangorras, “foguetão”, brinquedos inclusivos para crianças com deficiência e tirolesa, pista de cooper, espaço para patinação, pista de bicicross, pista para ciclistas, circuito para exercícios, capela e uma Academia Recife.
Além disso, está instalado lá um econúcleo da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, espaço que completa três anos neste mês e abriga atividades educativas permanentes, como jogos digitais, brincadeiras, contação de história, esquetes teatrais, viveiro de mudas nativas e um minhocário. O espaço, ainda pouco usado pela população, oferece oficinas feitas por arte educadores voltadas para as crianças aprenderem brincando.
De acordo com a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife, órgão responsável pela gestão do Parque da Jaqueira, não há intervenções ou projetos de melhorias programados para este ano. O Diario passou uma tarde no principal parque da Zona Norte da cidade e conta, a partir dos olhares de seus frequentadores, quais são os diversos usos desse espaço público.
Opções
A Zona Norte também tem mais três parques públicos abertos todos os dias para a população. No Parque Santana, o visitante pode jogar tênis, frequentar a Academia Recife e até levar seu cachorro para se exercitar, no Parcão, entre outras atividades.
O Parque da Macaxeira tem campo de futebol, duas quadras poliesportivas, pista de bicicross, skatepark, dois parques infantis, pista de cooper, ciclovia e uma Academia Recife. No Parque Apipucos, o visitante também encontra pista de cooper, brinquedos infantis, academia ao ar livre e espaço para eventos.
Para que eles usam o parque
Para ler
Enquanto as aulas da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) não começam, a estudante Mariana Araújo, 19, trabalha em uma livraria localizada em frente ao Parque da Jaqueira. Quando larga do primeiro emprego, atravessa a rua sempre com um livro a tiracolo. Gosta de ler livros de biologia e de ficção científica. Está também acompanhando a saga Harry Potter. “O Parque da Jaqueira é um lugar perfeito para ler. Silencioso, calmo e agradável. O ambiente favorece a leitura”, diz.
Para se exercitar
De segunda a sexta-feira, o militar aposentado Alexandre Carvalho, 57, é visto correndo no Parque da Jaqueira. A proximidade de casa, a segurança e o clima do local são os principais atrativos, segundo ele. “O fato de ter muita gente se exercitando também é um motivo, pois é um estímulo a mais na hora de se exercitar”, afirma. Na avaliação do frequentador assíduo, a pista de cooper está em excelentes condições. “Precisa apenas de uma melhoria na sinalização”, pontua. A Emlurb respondeu que realizou um levantamento na pista de cooper. “Vamos programar a ação de sinalização neste semestre”, informou.
Para fotografar
O Parque da Jaqueira é um dos lugares mais procurados da cidade para a realização de ensaios fotográficos. De todas as sessões que a fotógrafa Alessandra Rodrigues, 28, faz por mês, metade é lá. “Fotografo há 10 anos, e a Jaqueira sempre foi um lugar em alta. O verde, a segurança e a localização fazem os clientes optarem por esse espaço”, conta. Mãe de Gilberto, fotografado por Alessandra como recordação do primeiro ano de vida, a dentista Rhayssa Muniz, 30, já frequentava o parque quando decidiu fazer a sessão de smash the fruit (sequência de fotos da criança esmagando frutas). “Moro nas Graças e sempre venho para ele brincar”, revela.
...para comemorar o aniversário
O programa favorito do pequeno Davi é ir ao Parque da Jaqueira com os amigos. Sem uma área de lazer como a da Zona Norte do Recife no bairro onde mora, Águas Compridas, Olinda, ele percorre, com a família, sete quilômetros para chegar ao destino. “A festinha de quatro anos dele não podia ser em outro lugar”, comenta a mãe de Davi, a dona de casa Danielle Lins, 30 anos. “É o lugar preferido dele. Viemos com os amigos e família comemorar”, completou o pai, Edson Gomes, 29 anos. O bolo de chocolate com confeitos coloridos foi colocado em uma área do jardim próximo à tirolesa. Depois que as crianças brincaram, comeram um pedaço cortado com carinho pelo menino acompanhado de refrigerante.
...para cuidar
Quando chove, o vendedor Saulo Barrero, 26, se junta aos amigos que praticam bicicross para cuidar dela da pista. Eles usam ferramentas para deixar os montes de barro apropriados para a prática do esporte. Eles sabem que se não fizerem o serviço ficará difícil voltar a realizar as manobras com a bicicleta. Ele frequenta o parque nas terças e quintas-feiras para treinar, mas abriu mão de um dia de prática para organizar o espaço. “É público, temos que cuidar também”, ressaltou. A Emlurb informou que a manutenção da área é feita pelos atletas dessa modalidade, que se encarrega de cuidar e manter a pista, “já que eles possuem o conhecimento adequado para deixar a pista em boas condições de uso”. A Emlurb fornece o barro para a associação de atletas.
...para brincar
Em uma cidade insegura e sem a oferta de espaços públicos de qualidade em todos os bairros, poder correr em uma área verde é um privilégio. “Só de ver minha filha correndo livremente, brincando com bolinhas de sabão e vendo as árvores, já gosto do espaço”, diz a secretária escolar Mônica Cavalcanti, 36 anos. Ela costuma levar a filha Geovana Cavalcanti, 2 anos, para brincar nas áreas infantis do Parque da Jaqueira. “Sinto falta de equipamentos mais adequados para crianças pequenas como ela, mas gosto muito do parque”, afirma. Além da área de brinquedos, outra parte que atrai a pequena é o econúcleo, onde aprende sobre sustentabilidade, lixo orgânico e reciclagem por meio de brincadeiras.