Síndrome respiratória gera alerta Aumento de casos graves provocados, entre outros fatores, pela influenza, evidencia importância de vacinação de grupos prioritários

Publicação: 17/05/2018 09:00

A Secretaria Estadual de Saúde está em alerta por causa do aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Até o dia 5 de maio, Pernambuco teve 594 registros do problema, que pode ser provocado por diversos vírus e bactérias, e se caracteriza pela necessidade de internação de pacientes com febre, tosse ou dor de garganta associado à dispneia ou ao desconforto respiratório. Do total de casos, 22 tiveram resultado laboratorial positivo para influenza A(H1N1), 11 para influenza A(H3N2) e 1 para vírus sincicial respiratório (VSR).

Nas últimas semanas, a SES observou uma média semanal de 75 casos de síndrome, enquanto que anteriormente o número ficava em 50. Houve aumento de 50%. Diante disso, a secretaria ressalta a importância dos grupos prioritários para a vacina contra a influenza procurarem os postos de saúde para serem imunizados, medida que evita o agravamento da doença e óbitos. A SES também encaminhou ontem uma nota de alerta para os municípios com as informações epidemiológicas e as orientações.

“Analisando os dados, verificamos um maior incremento de casos de síndrome nas semanas epidemiológicas entre os dias 15 de abril e 5 de maio deste ano, além de um aumento da gravidade nos casos confirmados de influenza. Precisamos chamar a atenção do público-alvo para a vacinação, bem como a importância da adoção das demais medidas de prevenção e do manejo adequado dos casos pelos serviços de saúde”, afirma a gerente de Controle de Doenças Imunopreveníveis da SES, Ana Antunes. Ela  ressalta, ainda, que em 2018 não foi registrado nenhum vírus novo em circulação no estado.

Para os serviços de saúde, Ana Antunes lembra a importância da notificação imediata dos casos, que é obrigatória, e do tratamento com oseltamivir. Pessoas que têm fatores de risco para o agravamento e apresentarem sintomas de síndrome gripal também devem utilizar a medicação.

A população em geral também pode adotar medidas simples para evitar a propagação da doença, como sempre lavar as mãos com água e sabão ou higienizá-las com álcool em gel, cobrir o nariz e a boca com o antebraço ou lenço ao tossir ou espirrar e descartar o lenço no lixo após uso, evitar tocar olhos, nariz ou boca e evitar contato próximo com pessoas doentes.

Em 2018, foram registrados seis óbitos de SRAG com resultados laboratoriais confirmados para influenza - cinco de influenza A(H1N1) e um de influenza A(H3N2). Em 2017, no mesmo período, foram cinco óbitos, todos com identificação da influenza A(H3N2). No ano passado, no mesmo período deste ano, foram registrados 741 casos da síndrome, sendo 62 de influenza A(H3N2), 8 de influenza B, 3 de VSR e 1 de parainfluenza1.

No caso da síndrome gripal, que engloba os casos leves, o estado faz o acompanhamento em três unidades sentinelas no Recife e uma em Jaboatão dos Guararapes. Nessas unidades são realizadas semanalmente algumas coletas de amostras dos pacientes para identificar os vírus em circulação no estado. Até o dia 5 de maio, já foram confirmados 23 casos de influenza A(H1N1), 12 de influenza A(H3N2), 1 de influenza B e 1 de vírus sincicial respiratório.