Publicação: 24/08/2018 03:00
Entre o Pina e a área do Porto do Recife, Brasília Teimosa nasceu de uma ocupação em uma região conhecida como Areal Novo. Desde sempre ameaçado pelos interesses econômicos e políticos, dada a localização destacada na geografia recifense, o bairro recebeu uma primeira proposta de urbanização que contemplava a orla há mais de 35 anos. Na época, as palafitas foram retiradas, mas as mudanças na beira-mar permaneceram no imaginário. Houve, pelo menos, mais dois processos de reocupação do território em frente ao mar antes da retirada definitiva das palafitas, em 2004.
“O processo de urbanização dessa área se dá a partir de meados de 1980, com recursos do então BNH, cuja intervenção mais ampla ocorre nos anos 2000, quando se dá o prologamento da avenida beira-mar, com a retirada das palafitas, e o reassentamento de parte das famílias num habitacional construído no bairro do cordeiro. Importante ressaltar que essa ocupação é uma das mais antigas do Recife do ponto de vista da luta urbana”, explica o conselheiro federal do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco (CAU-PE) Roberto Salomão.
Brasília Teimosa é resistência, sobretudo, porque está inserida em uma Zona Especial de Interesse Social (ZEIS). É por isso que, mesmo com todas as ausências de controle de uso e de precariedade dos equipamentos de lazer, Roberto e Abraão ainda conseguem ter o direito de ver, da janela e porta de casa, o mar tão perto. Contudo, mesmo sendo uma das urbanizações mais antigas da cidade, alguns moradores do bairro ainda sofrem por não ter títulos de posse, a documentação de uma relação histórica entre povo e território.
A Zeis de Brasília Teimosa foi regulamentada em 1983, traçando parâmetros urbanísticos que impediram o avanço da ambição imobiliária sobre o bairro. “Entre eles, está o tamanho máximo de lote, o impedimento de remembramento, o gabarito máximo que limita a construção de torres com muitos andares”, explica a diretora de Habitação da Autarquia de Urbanização do Recife (URB), Norah Neves.
Muitos dos moradores, porém, esperam a regularização total do bairro. “Desde a década de 1980, existem 1,8 mil títulos concedidos. Durante muito tempo, houve um entendimento de que eles não tinham valor. Mas estão registrados em cartório. Hoje, existe uma necessidade de atualizar isso e concluir essa regularização fundiária”, admitiu Norah Neves. Essa seria uma forma de fortalecer ainda mais o vínculo dos moradores e evitar o risco do bairro sucumbir, em algum momento, ao poder imobiliário.
“O processo de urbanização dessa área se dá a partir de meados de 1980, com recursos do então BNH, cuja intervenção mais ampla ocorre nos anos 2000, quando se dá o prologamento da avenida beira-mar, com a retirada das palafitas, e o reassentamento de parte das famílias num habitacional construído no bairro do cordeiro. Importante ressaltar que essa ocupação é uma das mais antigas do Recife do ponto de vista da luta urbana”, explica o conselheiro federal do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco (CAU-PE) Roberto Salomão.
Brasília Teimosa é resistência, sobretudo, porque está inserida em uma Zona Especial de Interesse Social (ZEIS). É por isso que, mesmo com todas as ausências de controle de uso e de precariedade dos equipamentos de lazer, Roberto e Abraão ainda conseguem ter o direito de ver, da janela e porta de casa, o mar tão perto. Contudo, mesmo sendo uma das urbanizações mais antigas da cidade, alguns moradores do bairro ainda sofrem por não ter títulos de posse, a documentação de uma relação histórica entre povo e território.
A Zeis de Brasília Teimosa foi regulamentada em 1983, traçando parâmetros urbanísticos que impediram o avanço da ambição imobiliária sobre o bairro. “Entre eles, está o tamanho máximo de lote, o impedimento de remembramento, o gabarito máximo que limita a construção de torres com muitos andares”, explica a diretora de Habitação da Autarquia de Urbanização do Recife (URB), Norah Neves.
Muitos dos moradores, porém, esperam a regularização total do bairro. “Desde a década de 1980, existem 1,8 mil títulos concedidos. Durante muito tempo, houve um entendimento de que eles não tinham valor. Mas estão registrados em cartório. Hoje, existe uma necessidade de atualizar isso e concluir essa regularização fundiária”, admitiu Norah Neves. Essa seria uma forma de fortalecer ainda mais o vínculo dos moradores e evitar o risco do bairro sucumbir, em algum momento, ao poder imobiliário.
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