A melhor capital do mundo em linha reta
Veneza brasileira espera o planeta inteiro gritando "Voltei, Recife!" em um futuro próximo sem pandemia nem guerra e com alegria de sobra
Publicação: 12/03/2022 03:00
Deixe eu me apresentar também: eu sou o Recife, aquela cidade que Manuel Bandeira chamou de Veneza brasileira. Recife de Capiba e do passinho. Eu sou aquele lugar sobre o qual vão gritar “Voltei Recife”, quando o carnaval retornar. também sou aquela que tem o maior bloco de rua do mundo e um carnaval muito caloroso. O Marco Zero, as belas pontes, a Rua da Moeda, a Rua do Bom Jesus estão aqui... e não posso esquecer da Praia de Boa Viagem, amada por pernambucanos e turistas.
Eu sou a capital, mas não se engane não, minha irmã também já foi, desde que ela nasceu até 1654. Ela com suas ladeiras arrasta multidões por todo o ano, mas no carnaval as coisas ficam ainda mais intensas por lá. Ela é tema de muitas composições como o Hino do Elefante, que só de ouvir a primeira nota a cidade inteira grita “Olinda! Quero cantar a ti esta canção”. Eu aqui eu tenho o Galo da Madrugada e lá ela tem o Homem da Meia Noite. Meu galo sai na manhã do sábado de Zé Pereira e o calunga na madrugada. Veja que combinação massa! Com essas duas irmãs é possível aproveitar o dia inteiro.
Olinda faz 500 anos daqui a 13 anos e eu daqui a 15 anos. Juntas, vamos tentar atender todas as expectativas de vocês. Porém não podemos atingir nenhuma meta sozinhas, precisamos que vocês cuidem de nós, criem programas para nos ajudar, trabalhem com compromisso e lutem por nossos direitos.
Menos desigualdade no horizonte
Gabriel Bernardo, 27 anos, é morador do Pilar e trabalha como fotógrafo no Marco Zero há 13 anos. A comunidade que fica localizada a menos de um quilômetro da praça, se formou a partir das ruínas do Forte de São João Batista do Brum e da Igreja de Nossa Senhora do Pilar, no Bairro do Recife.
“Eu sonho com um Recife de 500 anos com mais igualdade. Não basta vir aqui e ver as belezas da cidade, pois a parte das comunidades também precisa ser vista. Os bairros necessitam de mais atenção”, opina.
Paz e mais oportunidades de trabalho
O vendedor de água Ismael, de 50 anos, é morador do bairro de Casa Amarela, na Zona Norte do Recife, e pede mais segurança na cidade. “Precisamos também de mais oportunidades de trabalho e programas para ajudar a sociedade”, opina. Ismael convive com a saudade do carnaval. “Eu sou carnavalesco e quero muito que volte no momento que tudo estiver seguro, para que todos possamos voltar a brincar”, explica. O recifense desfilava todo ano na escola Gigante do Samba e no maracatu Estrela Brilhante. Para ele, a capital pernambucana vai comemorar 500 anos unindo todas as tradições momescas sem restrição.
Uma recepção melhor para os visitantes
O empreendedor Lairton Nunes, 41, é morador do bairro San Martin e possui um quiosque de lanches na mundialmente famosa Rua do Bom Jesus, no Recife Antigo. Ele faz muito sucesso por lá com seu self-service de cachorro-quente e suas coxinhas. Lairton espera que o Recife, em seus 500 anos, venha a ser uma cidade mais tranquila para o turista. “Ficamos aquém na segurança e na higiene, pois não temos banheiros públicos aqui”, reclama.
Organização na orla e um trânsito menos travado
Larissa Mayli, 25 anos, fisioterapeuta, é moradora do bairro de Boa Viagem e admira muito a cidade pela variedade de lugares para passear. Ela afirma que os parques são o ponto forte da capital. “Eu moro em Boa Viagem, onde temos a praia, que é um dos locais turísticos mais procurados. O bairro é muito tranquilo de se viver, com tudo bem pertinho e várias áreas de lazer. Porém eu acredito que deveriam melhorar na questão dos banheiros e da limpeza da praia. Aqui está havendo muitos assaltos ultimamente, então isso confirma que precisamos de mais policiamento. Boa Viagem também é cheio de moradores de rua, em todas as vias que passamos sempre tem um sem-teto. Acredito que necessitamos de uma assistência para esse aspecto também”, conta Larissa.
A fisioterapeuta trabalha por toda a cidade e conta que a mobilidade deixa a desejar. “O trânsito está horrível, precisamos de melhorias. É possível fazer algo diferente para melhorar isso, mas até agora não foi feito. Precisamos que isso mude”, pontua.
Eu sou a capital, mas não se engane não, minha irmã também já foi, desde que ela nasceu até 1654. Ela com suas ladeiras arrasta multidões por todo o ano, mas no carnaval as coisas ficam ainda mais intensas por lá. Ela é tema de muitas composições como o Hino do Elefante, que só de ouvir a primeira nota a cidade inteira grita “Olinda! Quero cantar a ti esta canção”. Eu aqui eu tenho o Galo da Madrugada e lá ela tem o Homem da Meia Noite. Meu galo sai na manhã do sábado de Zé Pereira e o calunga na madrugada. Veja que combinação massa! Com essas duas irmãs é possível aproveitar o dia inteiro.
Olinda faz 500 anos daqui a 13 anos e eu daqui a 15 anos. Juntas, vamos tentar atender todas as expectativas de vocês. Porém não podemos atingir nenhuma meta sozinhas, precisamos que vocês cuidem de nós, criem programas para nos ajudar, trabalhem com compromisso e lutem por nossos direitos.
Menos desigualdade no horizonte
Gabriel Bernardo, 27 anos, é morador do Pilar e trabalha como fotógrafo no Marco Zero há 13 anos. A comunidade que fica localizada a menos de um quilômetro da praça, se formou a partir das ruínas do Forte de São João Batista do Brum e da Igreja de Nossa Senhora do Pilar, no Bairro do Recife.
“Eu sonho com um Recife de 500 anos com mais igualdade. Não basta vir aqui e ver as belezas da cidade, pois a parte das comunidades também precisa ser vista. Os bairros necessitam de mais atenção”, opina.
Paz e mais oportunidades de trabalho
O vendedor de água Ismael, de 50 anos, é morador do bairro de Casa Amarela, na Zona Norte do Recife, e pede mais segurança na cidade. “Precisamos também de mais oportunidades de trabalho e programas para ajudar a sociedade”, opina. Ismael convive com a saudade do carnaval. “Eu sou carnavalesco e quero muito que volte no momento que tudo estiver seguro, para que todos possamos voltar a brincar”, explica. O recifense desfilava todo ano na escola Gigante do Samba e no maracatu Estrela Brilhante. Para ele, a capital pernambucana vai comemorar 500 anos unindo todas as tradições momescas sem restrição.
Uma recepção melhor para os visitantes
O empreendedor Lairton Nunes, 41, é morador do bairro San Martin e possui um quiosque de lanches na mundialmente famosa Rua do Bom Jesus, no Recife Antigo. Ele faz muito sucesso por lá com seu self-service de cachorro-quente e suas coxinhas. Lairton espera que o Recife, em seus 500 anos, venha a ser uma cidade mais tranquila para o turista. “Ficamos aquém na segurança e na higiene, pois não temos banheiros públicos aqui”, reclama.
Organização na orla e um trânsito menos travado
Larissa Mayli, 25 anos, fisioterapeuta, é moradora do bairro de Boa Viagem e admira muito a cidade pela variedade de lugares para passear. Ela afirma que os parques são o ponto forte da capital. “Eu moro em Boa Viagem, onde temos a praia, que é um dos locais turísticos mais procurados. O bairro é muito tranquilo de se viver, com tudo bem pertinho e várias áreas de lazer. Porém eu acredito que deveriam melhorar na questão dos banheiros e da limpeza da praia. Aqui está havendo muitos assaltos ultimamente, então isso confirma que precisamos de mais policiamento. Boa Viagem também é cheio de moradores de rua, em todas as vias que passamos sempre tem um sem-teto. Acredito que necessitamos de uma assistência para esse aspecto também”, conta Larissa.
A fisioterapeuta trabalha por toda a cidade e conta que a mobilidade deixa a desejar. “O trânsito está horrível, precisamos de melhorias. É possível fazer algo diferente para melhorar isso, mas até agora não foi feito. Precisamos que isso mude”, pontua.