Inep não reconhece metodologia de ranking
De 2005 a 2015, o Instituto Anísio Teixeira divulgou o "Enem por Escola", mas interrompeu o levantamento alegando inadequação do uso dos resultados
Estúdio DP
Publicação: 23/10/2023 03:00
O Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) é uma das principais portas de entrada para o ensino superior no Brasil. Em 2023, 3,9 milhões de candidatos estão escritos para o vestibular. Neste mês de outubro, a menos de um mês das provas, veio a público a pesquisa “Análise da evolução e disparidades nas notas do Enem”, promovida pela edtech AIO Educação, de autoria dos pesquisadores Paulo Vivas, Murilo Vasconcelos e Mateus Prado. Ela apresenta um ranking de desempenhos por escolas e estados no Enem de 2022. Segundo os dados apontados no levantamento, o estado de Minas Gerais conquistou a maior média no vestibular e Pernambuco ficou na 15ª posição. De acordo com os pesquisadores, a análise leva em conta indicadores extraídos da Sala Segura do Serviço de Acesso a Dados Protegidos (Sedap), do Inep, entre 31 de julho e 3 de agosto deste ano. Porém, a metodologia do ranking não é reconhecida pelo próprio Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pela organização e aplicação do Enem, nem pelo Ministério da Educação (MEC), ao qual é vinculado.
De 2005 a 2015, o Inep divulgou o “Enem por Escola”, amplo levantamento com objetivo de disseminar informações educacionais para auxiliar professores, diretores e gestores na identificação de deficiências e boas práticas. Contudo, consta no portal do MEC que este foi “descontinuado em função da inadequação do uso dos resultados como indicador de qualidade do ensino médio e o uso inapropriado, feito pela mídia e alguns gestores educacionais, que buscavam ranquear as escolas”. Esta prática adotada por algumas escolas brasileiras para “inflar” os seus resultados foi, inclusive, um detalhe percebido e comentado por um dos professores responsáveis pela pesquisa de desempenhos, Mateus Prado, em suas redes sociais.
Após veiculação da “Análise da evolução e disparidades nas notas do Enem”, o Inep se pronunciou reforçando que: “desconhece a metodologia utilizada na pesquisa, ao tempo em que informa que os resultados apresentados são de inteira responsabilidade do(s) pesquisador(es) mencionados. Portanto, não cabe ao Instituto responder pela qualidade das informações produzidas”. A AIO Educação também frisou que os resultados, análises e interpretações apresentados são de responsabilidade única dos autores, não representando a visão oficial do Inep, nem se constituindo em estatística oficial.
Mesmo classificado na pesquisa entre os primeiros lugares das escolas de Pernambuco e entre as melhores do país, o Colégio Núcleo entende que é fundamental levar em consideração o posicionamento do Inep e do Ministério da Educação. “Se a pesquisa fosse validada pelo Inep/MEC, estaríamos em comemoração pelo brilhante resultado de nossa escola em nível estadual e nacional, mas sempre respeitamos os dados oficiais. Nos orgulhamos também por sempre termos inscrito todos os nossos estudantes e por nunca realizarmos nenhum artifício para tentar maquiar resultados do Enem. Para nós, a verdade, a ética, a transparência e o respeito a todos são inegociáveis” ressalta o diretor do Núcleo, Gilton Lyra”.
De 2005 a 2015, o Inep divulgou o “Enem por Escola”, amplo levantamento com objetivo de disseminar informações educacionais para auxiliar professores, diretores e gestores na identificação de deficiências e boas práticas. Contudo, consta no portal do MEC que este foi “descontinuado em função da inadequação do uso dos resultados como indicador de qualidade do ensino médio e o uso inapropriado, feito pela mídia e alguns gestores educacionais, que buscavam ranquear as escolas”. Esta prática adotada por algumas escolas brasileiras para “inflar” os seus resultados foi, inclusive, um detalhe percebido e comentado por um dos professores responsáveis pela pesquisa de desempenhos, Mateus Prado, em suas redes sociais.
Após veiculação da “Análise da evolução e disparidades nas notas do Enem”, o Inep se pronunciou reforçando que: “desconhece a metodologia utilizada na pesquisa, ao tempo em que informa que os resultados apresentados são de inteira responsabilidade do(s) pesquisador(es) mencionados. Portanto, não cabe ao Instituto responder pela qualidade das informações produzidas”. A AIO Educação também frisou que os resultados, análises e interpretações apresentados são de responsabilidade única dos autores, não representando a visão oficial do Inep, nem se constituindo em estatística oficial.
Mesmo classificado na pesquisa entre os primeiros lugares das escolas de Pernambuco e entre as melhores do país, o Colégio Núcleo entende que é fundamental levar em consideração o posicionamento do Inep e do Ministério da Educação. “Se a pesquisa fosse validada pelo Inep/MEC, estaríamos em comemoração pelo brilhante resultado de nossa escola em nível estadual e nacional, mas sempre respeitamos os dados oficiais. Nos orgulhamos também por sempre termos inscrito todos os nossos estudantes e por nunca realizarmos nenhum artifício para tentar maquiar resultados do Enem. Para nós, a verdade, a ética, a transparência e o respeito a todos são inegociáveis” ressalta o diretor do Núcleo, Gilton Lyra”.