Ato protesta contra mudanças em comissão
Para Édson Axé, membro dispensado, tudo começou porque discutiu-se com o presidente Sérgio Urt o uso da palavra "maconha" ao se referirem à Cannabis
Mareu Araújo
Publicação: 23/07/2024 03:00
Um grupo de advogados e integrantes da Comissão de Direito da Cannabis Medicinal da Ordem dos Advogados do Brasil Secção Pernambuco (OAB-PE) denuncia que o presidente do colegiado dispensou dois titulares e um colaborador de forma indevida. Os advogados se reuniram ontem em frente ao prédio da OAB/PE, no bairro de Santo Antônio, no Centro do Recife.
Segundo o grupo, Sérgio Urt, presidente da Comissão, “está há um tempo tratando parte do colegiado de forma ‘espúria’ e tentando silenciá-los”. Para Édson Axé, membro colaborador dispensado pela Comissão, tudo começou porque os manifestantes discutiram com o presidente a importância de usarem a palavra “maconha” ao se referirem à Cannabis. Ele explica que o pedido para o uso da palavra surgiu pela necessidade de atingir “a população periférica, a população negra e a população que está encarcerada”.
“Depois disso o camarada começou a ter um comportamento de perseguição conosco. Começou a tentar nos silenciar no grupo do WhatsApp da Comissão”, relata. Para a advogada Amanda Galvão, uma das integrantes do colegiado que assinou a renúncia de sua posição na Comissão, relata: “No grupo, somente administradores podem falar e os administradores são do grupinho do presidente, o grupinho dos aliados dele. Quem não é aliado dele não tem direito a falar”.
Amanda ainda acrescenta que mulheres e pessoas pretas não tinham voz na Comissão. “Nós mulheres não tínhamos espaço nenhum. Nós éramos cerceadas completamente. Axé, pelo fato de ser negro, tentou ser descredibilizado. Quantas vezes a gente ouviu falar que ‘Axé, não é advogado’. Espera aí, Axé quando ingressou na comissão entrou como membro colaborador. Essa comissão não é composta somente por advogados”, defende.
O Diario de Pernambuco tentou entrar em contato com Sérgio Urt, mas não obteve resposta.
Em nota, a Comissão de Direito da Cannabis Medicinal da OAB/PE explicou que o uso do termo “Cannabis Medicinal” está alinhado à nomenclatura científica da maconha e que o termo facilita a compreensão universal e a troca de informações entre profissionais da saúde e pesquisadores.
Segundo o grupo, Sérgio Urt, presidente da Comissão, “está há um tempo tratando parte do colegiado de forma ‘espúria’ e tentando silenciá-los”. Para Édson Axé, membro colaborador dispensado pela Comissão, tudo começou porque os manifestantes discutiram com o presidente a importância de usarem a palavra “maconha” ao se referirem à Cannabis. Ele explica que o pedido para o uso da palavra surgiu pela necessidade de atingir “a população periférica, a população negra e a população que está encarcerada”.
“Depois disso o camarada começou a ter um comportamento de perseguição conosco. Começou a tentar nos silenciar no grupo do WhatsApp da Comissão”, relata. Para a advogada Amanda Galvão, uma das integrantes do colegiado que assinou a renúncia de sua posição na Comissão, relata: “No grupo, somente administradores podem falar e os administradores são do grupinho do presidente, o grupinho dos aliados dele. Quem não é aliado dele não tem direito a falar”.
Amanda ainda acrescenta que mulheres e pessoas pretas não tinham voz na Comissão. “Nós mulheres não tínhamos espaço nenhum. Nós éramos cerceadas completamente. Axé, pelo fato de ser negro, tentou ser descredibilizado. Quantas vezes a gente ouviu falar que ‘Axé, não é advogado’. Espera aí, Axé quando ingressou na comissão entrou como membro colaborador. Essa comissão não é composta somente por advogados”, defende.
O Diario de Pernambuco tentou entrar em contato com Sérgio Urt, mas não obteve resposta.
Em nota, a Comissão de Direito da Cannabis Medicinal da OAB/PE explicou que o uso do termo “Cannabis Medicinal” está alinhado à nomenclatura científica da maconha e que o termo facilita a compreensão universal e a troca de informações entre profissionais da saúde e pesquisadores.