O Marco Zero recebeu as nações de maracatus para dar o início oficial à festa

O carnaval da capital pernambucana começou oficialmente no fim da tarde de ontem com o tradicional cortejo dos maracatus. A abertura da festa foi feita com o 22º Tumaraca, com o tema “Maracatu Futuro Ancestral”, reunindo 13 nações de maracatu sob a direção artística de Lucas dos Prazeres. O cortejo saiu às 16h da  Rua da Moeda com destino à Praça do Marco Zero.

Os mestres dos grupos fizeram uma saudação a Naná Vasconcelos, que morreu em 2016, e foi criador do cortejo. Outro homenageado deste ano foi o babalorixá Tata Raminho de Oxóssi, que morreu em dezembro do ano passado e conduzia festas da Noite dos Tambores Silenciosos e das Águas de Oxalá.

Às 16h30, quando o Tumaraca subiu ao palco, os fogos de artifício pipocaram no céu da cidade para anunciar que, a partir daquele momento e até o amanhecer da Quarta-feira de Cinzas, a cidade estava sob o comando do Reio Momo. Logo depois, foi a vez de subir ao palco o homenageado do carnaval do Recife Marron Brasileiro e seus convidados como Luciano Ferraz, Elba Ramalho, André Rio, Barro, Larissa Lisboa, Martins e Almério. O primeiro dia de festa ainda teve Ney Matogrosso, que pisou pela primeira vez nos palcos da folia recifense, e terminou com o brega de Raphaela Santos.

PÚBLICO
A expectativa de público para todo o período de festa é de 3 milhões de pessoas. Acompanhado do seu vice, Victor Marques; e da namorada, a deputada federal Tabata Amaral, o prefeito da cidade, João Campos, participou da abertura e convidou os foliões para a festa. “A gente deixa uma mensagem de alegria para todo mundo vir brincar, aproveitar, brincar em paz, em harmonia e com respeito. Na nossa central de serviço tem uma área que é muito importante, que é a de direitos humanos para garantir um carnaval de respeito para qualquer tipo de folião”, afirmou.

O cantor Chico César esteve presente na abertura do carnaval e comentou sobre a importância de trazer as culturas indígenas e africanas para esta festa. “Nós temos que nos alimentarmos com muita energia e muita força. Então como é que a gente pode retribuir isso? Cantando e dizendo: olha, estou aqui para celebrar com vocês a existência dessas entidades afro-indígenas, porque é uma forma de aquilombamento. Eu me sinto em casa e muito feliz de poder cantar e recitar a minha canção”, afirmou Chico, que será uma das atrações da folia do Recife.