TEMPORAL NA RMR » Três mortos e mais de 130 desalojados Também houve registro de alagamentos, queda de árvores, deslizamentos de terra e desabamento de casa. A sede da Prefeitura de Nazaré da Mata não escapou

Publicação: 06/02/2025 03:00

As fortes chuvas que atingiram o Grande Recife ontem deixaram ao menos três mortos e mais de 130 pessoas desalojadas. O temporal, que parou a Região Metropolitana, também causou alagamentos, queda de árvores e deslizamentos de terra. Na capital, um homem foi encontrado morto em um alagamento na Rua Dom Bosco, ao lado do Colégio Americano Batista, no Centro, durante a manhã. Há suspeita de que a vítima tenha sido eletrocutada. Outro corpo foi achado no bairro da Estância, Zona Oeste, segundo o Corpo de Bombeiros.

O terceiro óbito foi registrado em Camaragibe, no Grande Recife. Segundo a família, André Fernandes, de 43 anos, que era morador da Várzea, na Zona Oeste da capital, saiu para trabalhar e acabou arrastado pela correnteza no trajeto. O Corpo de Bombeiros confirmou ter resgatado o corpo, no bairro Vila da Fábrica, às 17h20.

Por causa das chuvas, 90 pessoas procuraram abrigos temporários no Recife, segundo a Prefeitura. Dados oficiais apontam que houve mais 20 famílias desalojadas em Paulista, além de 17 pessoas, em Jaboatão dos Guararapes, ambos na Região Metropolitana. Em Abreu e Lima, outras duas pessoas tiveram que sair de casa, localizada em área de risco.

ÁRVORES
Com alagamento de vias, o Metrô do Recife fechou todas as estações da Linha Centro. A capital pernambucana também contabilizou 10 quedas de galhos ou árvores e 14 semáforos quebrados.

Em um dos casos, uma árvore de grande porte caiu sobre a carroceria de uma caminhonete no cruzamento da Rua Edgar D%u2019Amorim com a Avenida Rosa e Silva, nos Aflitos, na Zona Norte. "Foi um susto muito grande. Na hora, eu pensei até que tinha batido", disse o motorista Maycon Holanda, de 25 anos, ao Diario de Pernambuco.

Em Camaragibe, seis barreiras deslizaram nos bairros de Tabatinga, Areeiro, Jardim Primavera, Timbi e Viana, sem vítimas ou danos materiais. Duas árvores, no entanto, caíram e atingiram três residências. Também houve o desabamento de um muro de uma escola técnica estadual. Ninguém se feriu.

Já em Paulista, uma casa desabou na Mirueira e houve dois deslizamentos de barreira. Um deles aconteceu em Maranguape I. Uma família de quatro adultos mora no local e permanece na residência, de acordo com a prefeitura. O segundo deslizamento foi na Rua da Baixa Verde, na Mirueira, e também não houve feridos. Uma árvore caiu no bairro de Nossa Senhora do Ó.

GRANDE RECIFE
A prefeitura de Jaboatão informou 77 ocorrências por causa das chuvas na cidade, a maioria para instalação de lonas, mas sem feridos. Foram 17 pequenos deslizamentos de barreiras, de acordo com a gestão municipal. O município registrou 130 milímetros de chuva, com maiores acumulados nos bairros de Muribeca, Cavaleiro e Piedade.

Em Olinda, não foram registradas ocorrências graves, de acordo com a prefeitura. Equipes foram mobilizadas nos canais da cidade para combater pontos críticos de alagamento. Até a última atualização, havia registro de cinco quedas de árvores e 53 colocações de lonas plásticas.

Outras 23 ocorrências foram registradas em Abreu e Lima desde a terça-feira, onde choveu 180 milímetros nos últimos dias. A previsão para fevereiro era de 124 milímetros. Houve registro de queda de uma árvore. Também houve, deslizamento de terra de pequeno porte, vistoria em árvores e imóveis de risco. O início do ano letivo, marcado para ontem, acabou suspenso.

Já o Cabo de Santo Agostinho não computou feridos, desabrigados ou desalojados até o fechamento desta edição. Nas últimas 24 horas, a cidade teve um acumulado de chuvas de 89,11 milímetros, o que representa 67,8% do esperado para todo o mês de fevereiro. As aulas municipais também foram adiadas.

ZONA DA MATA
Em Nazaré da Mata, na Mata Norte, as fortes chuvas provocaram estragos na sede da prefeitura e da Biblioteca Pública Municipal Coronel Victor Vieira, onde prateleiras foram danificadas. Na sede da prefeitura, a ventania e as chuvas danificaram parte da rede elétrica, além de provocar infiltração e inundação dos pisos das salas. A água da chuva entrou pelo teto, causada por infiltrações no gesso e os serviços precisaram ser interrompidos temporariamente.