Caso Tabira: mãe estava em cabaré de SP Após o MPPE requerer novas investigações sobre o caso do menino Arthur, Giovana Ramos contou porque deixou a criança com os acusados

Publicação: 22/03/2025 03:00

Giovana disse que precisou se prostituir em um cabaré (REPRODUÇÃO/TVLW ONLINE)
Giovana disse que precisou se prostituir em um cabaré
Em entrevista ao podcast LW Cast, na última quinta-feira (20), Giovana Ramos, mãe do menino Arthur, de dois anos, - morto no dia 16 de fevereiro em Tabira, Sertão do estado - contou que estava morando na cidade de Americana, interior de São Paulo, quando tudo aconteceu. Ela explicou que estava trabalhando em um cabaré da cidade e, por isso, não levou o garoto.

“Como que eu vou levar uma criança para dentro de um cabaré? Como que eu vou levar uma criança para um ambiente que é pesado, com prostituição e droga, tem todo tipo de gente”, relatou Giovana. Arthur morreu após sofrer vários tipos de violência por parte do casal Giselda da Silva Andrade, de 30 anos, que está presa, e Antônio Lopes Severo, de 42 anos, morto após passar por um linchamento na cidade. Ambos cuidavam de Arthur a pedido da mãe.

“Minha minha avó não ia aguentar o Arthur por ser idosa, porque senão eu deixava. A minha tia tem a família dela, tem o serviço dela e o marido, ela nunca se manifestou para cuidar da criança”, justificou Giovana ao falar sobre a escolha recorrer a Giselda

INQUÉRITO
Ela disse que precisou se prostituir para conseguir se sustentar e mandar dinheiro para o filho, e que não tinha condições de cuidar da criança diante dessa realidade. Na última semana, o Ministério Público de Pernambuco decidiu devolver o inquérito da Polícia Civil que indiciou o casal pelo homicídio. O MPPE quer maiores investigações sobre uma possível participação de Giovana no caso.