Aluna com TEA é agredida em escola
Segundo mãe de vítima, fato aconteceu no dia Mundial de Conscientização do Autismo, em um colégio estadual localizado em Goiana
ADELMO LUCENA
Publicação: 08/04/2025 03:00
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Segundo a mãe da vítima, a diretora da escola tentou esconder a imagem da briga |
Nervosa, com medo de voltar à escola e sem conseguir dormir. Estes são os sentimentos da aluna de 12 anos diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA) que foi agredida dentro da Escola Estadual Coronel José Pinto de Abreu, localizada em Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, na última quarta-feira (2), Dia Mundial de Conscientização do Autismo.
De acordo com a mãe da jovem, ela tem lidado ainda com outro problema. A mulher afirmou que houve a tentativa da escola de se livrar de provas, inclusive com o apagamento de imagens da agressão.
Em entrevista ao Diario, ontem (7), a mãe da adolescente relatou que a filha foi agredida por cerca de 12 alunas da escola após ter questionado uma das agressoras sobre uma briga anterior.
MOTIVAÇÃO
A jovem teria se incomodado com a pergunta e iniciado uma nova confusão. Na ocasião, a vítima bateu a cabeça no chão e ficou desacordada, enquanto era espancada, segundo a mãe, que pediu para não ter o nome divulgado.
“Uma menina me disse: ‘bateram na sua filha, cortaram o chinelo dela, estavam com tesoura, caneta, lápis. Bateram muito nela, bateram, inclusive, em uma professora’. A diretora disse que foi mentira, inclusive tinha tido a briga, mas que tinha sido fora da escola”, alegou a mãe da vítima.
Segundo ela, a diretora teria conversado com os estudantes sobre a discussão para convencê-los a dizer que a briga não havia acontecido. Além disso, a gestora teria apagado as imagens das câmeras de segurança. No entanto, a Secretaria Estadual de Educação (SEE) destaca que as imagens já estão sob posse das autoridades para apuração.
Por meio de nota, a Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco (SEE) informou que uma equipe da Gerência Regional de Educação (GRE) Mata Norte foi encaminhada à escola para uma escuta com estudantes e familiares sobre o ocorrido que envolveu quatro alunas durante o intervalo. “A gestão da unidade de ensino prontamente dissipou o conflito, tomou as medidas cabíveis e entrou em contato com os familiares”, diz a nota