Tema controverso, o armamento das guardas municipais sempre levanta opiniões distintas. Para o ex-secretário Nacional de Segurança Pública e coronel da reserva da Polícia Militar (PM), José Vicente da Silva Filho, é importante que a guarda municipal “procure o seu devido espaço”. “O aparato da prefeitura não é para combater, é para prevenir a violência. A prefeitura tem estrutura, política e recursos para trabalhar bem essa questão da prevenção”, acrescenta Filho.

Segundo o ex-secretário, há estudos com guardas municipais de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais indicando que não houve impacto do armamento nos níveis de crimes contra a vida ou contra o patrimônio. “Ou seja, vai armar a guarda municipal e não vai mexer nos indicadores de violência da cidade”, acredita ele.

Por outro lado, ainda em fevereiro, o presidente da Associação das Guardas Civis Municipais de Pernambuco (AGCMPE), Etevaldo Genuíno, celebrava os avanços da proposta na cidade. “Finalmente a prefeitura do Recife vai armar a Guarda. Já não era sem tempo. A violência é cada dia maior e a guarda municipal é um órgão policial”, declarou.

Para o presidente da Associação dos Cabos e Soldados de Pernambuco (ACS-PE), Luiz Torres, a guarda municipal armada está chegando de forma tardia ao Recife. “É de suma importância o apoio da guarda. A gente recebe a notícia de hoje com grande satisfação, porque precisamos unir as forças”.