Professores da rede municipal de ensino do Recife rejeitaram, mais uma vez, a proposta de reajuste apresentada pela prefeitura após uma nova rodada de negociação na tarde ontem, apesar de terem suspendido a paralisação das aulas.

A proposta apresentada foi de 1,5% de reajuste retroativo a janeiro, ampliado para 2,5% a partir de maio. Além disso, a prefeitura ofereceu os 4,41% restantes como abono salarial, pago em uma parcela única, referente ao período de janeiro a dezembro de 2025, sem data para pagamento.

PISO
A expectativa da categoria era de que a gestão aplicasse o reajuste salarial de 6,27% previsto na lei do piso nacional da carreira para este ano - principal reivindicação que motivou a deflagração da greve no dia 9 de maio. Os professores também exigem a reposição das perdas salariais acumuladas nos últimos anos e melhores condições de trabalho nas escolas da rede municipal.

Na manhã de ontem, os professores também decidiram suspender temporariamente a greve da rede municipal para retomar as negociações. “A greve, é o último instrumento que o trabalhador tem. Ele não opta pela greve, ele é levado a greve”, pontua Bianca Lima, integrante da direção do Sindicato das Professoras e dos Professores do Recife (SIMPERE).

A assembleia permanente da categoria, continua hoje a partir das 9h. Procurada para falar sobre a negociação com os professores, a prefeitura do Recife não se manifestou.