POUSADAS » Operação investiga fraudes em reservas

Publicação: 19/06/2025 03:00

Golpistas miravam os turistas que buscavam pousadas em Noronha pela internet (DIVULGAÇÃO)
Golpistas miravam os turistas que buscavam pousadas em Noronha pela internet

A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou, na manhã de ontem,  a Operação Mar de Fraude – destinada a desmantelar uma quadrilha de golpistas que estão agindo na internet com falsas reservas de hospedagem em pousadas de Fernando de Noronha, através da falsificação de contatos das verdadeiras empresas. Ao todo, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, além de ordens judiciais de bloqueio de ativos financeiros.

As investigações começaram em junho de 2024, quando turistas chegaram em Noronha e procuraram as pousadas com os comprovantes de reservas já pagas. Nos locais, acabavam sabendo que tinham sido vítimas de golpistas. Segundo o delegado Eronides Meneses, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DPCRICI), os suspeitos entravam em páginas de buscadores e editavam o número de contato das pousadas. 

Quando o interessado tentava fazer a reserva, ele era orientado a realizar o pagamento na conta do golpista. Para garantir o ressarcimentos dos prejuízos, a Justiça acatou o pedido de bloqueio de contas e outras propriedades dos envolvidos. No dia de ontem foram apreendidos R$ 13 mil em dinheiro, dois veículos e bloqueados R$ 1 milhão em contas bancárias.

De acordo com o delegado, cerca de 15 vítimas fizeram boletim de ocorrência tanto na delegacia da ilha, quanto no Recife e nos seus estados de origem. Os mandados foram cumpridos com apoio das polícias civis da Paraíba e do Mato O. 

ORIENTAÇÕES
O delegado Eronides Meneses fez um apelo para que as pessoas, antes de fecharem qualquer reserva,  busquem informações se os contatos estão corretos e se o perfil não foi clonado ou editado. Além disso, ele disse que sugeriu à Administração da Ilha para que seja criada uma lista de pousadas e seus contatos na página oficial do governo do estado para garantir o acesso às informações mais seguras para todo mundo. 

Os envolvidos na operação de ontem estão sendo investigados pelos crimes de fraude eletrônica e lavagem de dinheiro. O grupo teria 12 pessoas envolvidas - sendo capitaneado por dois suspeitos que tiveram seus pedidos de prisão negados pela Justiça.