PE tem 40,3% de habitantes na pobreza
Além disso, 6,3% da população está na situação de extrema pobreza. Mesmo assim, essa situação vem melhorando nos últimos anos
Publicação: 03/06/2025 03:00
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A extrema pobreza é identificada quando a renda familiar per capita é de até R$ 209 |
Quase metade da população de Pernambuco é formada por pessoas em situação de pobreza ou extrema pobreza. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua sobre Rendimento, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e referentes a 2024. Segundo o levantamento, 40,3% dos habitantes estão na pobreza e 6,3% extrema pobreza.
No final do ano passado, o Banco Mundial levava em conta o valor de até R$ 665 per capita por mês no núcleo familiar para identificar a situação de pobreza e R$ 209 para a extrema pobreza. Mas apesar dos percentuais ainda altos, houve uma melhoria no quadro geral da população pernambucana, segundo o governo do estado - responsável pela divulgação de um estudo feito com base nesses números pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), do Governo do Espírito Santo. De acordo com o levantamento, esses teriam sido os menores percentuais desde o início da série histórica da Pnad Contínua sobre Rendimento, em 2012.
Os números mostram que, no ano passado, 698 mil pernambucanos saíram da pobreza e 288 mil da extrema pobreza. Ainda de acordo com o estado, Em 2022, o percentual de pessoas em situação de pobreza no Estado era de 50,8% e em extrema pobreza era de 12,2%. Isso significa que, em dois anos, houve uma queda no número de habitantes em condições de pobreza de 20,6% e de 48,3% de extrema pobreza.
NACIONAL
Em termos nacionais, o Brasil também apresentou queda desses índices em dois anos. Entre 2022 e 2024, o índice de pessoas em situação de pobreza passou de 31,6% para 23,4%; e de extrema pobreza passou de 5,9% para 3,5%. Para o governo do estado, a melhoria desses índices, em relação às pessoas em situação de pobreza, é resultante do crescimento econômico dos últimos 15 anos; pela alta na geração de empregos e pelo maior crescimento da renda da série histórica estadual no mesmo ano. Já a queda no percentual de pessoas em situação de extrema pobreza estaria associada a programas de transferência de renda - incluindo o o Mães de Pernambuco, que beneficia 100 mil mulheres e que resultou em um investimento total de R$ 380 milhões.
Programas de segurança alimentar, como o Pernambuco sem Fome, pelo qual já foram distribuídas mais de 14 milhões de refeições, beneficiando mais de 40 mil pessoas diariamente, também estão entre as ações destacadas pela administração estadual.