Mirtes esperava aumento da pena

Publicação: 03/07/2025 03:00

Mirtes, mãe de Miguel, se formou há pouco em Direito (RUAN PABLO/ARQUIVO DP FOTO)
Mirtes, mãe de Miguel, se formou há pouco em Direito
A ativista e bacharel em direito Mirtes Renata Santana de Souza lamentou que a pena de Sari Gaspar Corte Real tenha sido mantida em 7 anos de prisão pela morte do menino Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos. "Eu tinha muita esperança que a pena fosse aumentada", declarou Mirtes ao Diario de Pernambuco. Apesar do descontentamento, Mirtes se mostrou satisfeita de ter dito recurso parcialmente aceito. 

"Recebi com bastante satisfação que os embargos dela foram totalmente negados e os da gente parcialmente aceitos. Ainda tem muita coisa pela frente", afirmou. A ex-empregada doméstica disse que estava ansiosa desde o dia que o julgamento dos embargos de declaração foram pautados para ontem. Nesta manhã, ela não se sentiu bem. "De ontem para hoje estou pior", informou.

DATA

Ao completar cinco anos da morte do menino Miguel, no último dia 2 de junho, Mirtes realizou um protesto a partir das chamadas "Torres Gêmeas" do Recife, local onde o seu filho caiu do nono andar. A manifestação era para pedir celeridade judicial para o caso, uma vez que a última sentença dada a Sari tinha saído em 2023 e, em dois anos, nada havia ocorrido. Recentemente, ela terminou o curso de Direito e apresentou um trabalho de conclusão de curso sobre o tema escravidão moderna, com o qual tirou nota 10.

No dia, ela conversou com o Diario de Pernambuco e falou sobre o momento: "A mulher que cometeu um crime contra meu filho está aí em cima vivendo a vida dela como se ela tivesse acontecido", falou em referência a Sari - que segue morando no mesmo prédio. Ainda cabe recurso no processo.