CêNICAS » Um Dzi Croquette danado de bom

Publicação: 19/01/2014 03:00

Robson (com sombrinha) venceu 450 atores em seleção (GIANNY MELO/DIVULGAÇÃO)
Robson (com sombrinha) venceu 450 atores em seleção

Tem pernambucano no desbunde. Quem viu o espetáculo Dzi Croquettes em bandália - 40 anos de história, que arrastou mais de 2,1 mil pessoas ao Teatro de Santa Isabel na primeira semana do Janeiro de Grandes Espetáculos, pôde conferir o talento de Robson Torinni. O ator de 27 anos, nascido em Garanhuns, faz parte do elenco desde setembro de 2013, e passou por São Paulo antes de se firmar no Rio de Janeiro, local de origem da produção. Na montagem, com 11 integrantes, Robson canta, dança e entretém o público com esquetes de humor. O ator dançou frevo, usou uma faixa de Miss Garanhuns e vestiu a camisa do Náutico ao fim da peça.

Segundo Robson, o desejo de ser ator vem da infância. “Desde pequeno, gostava de fazer palhaçadas para a família, mas comecei a fazer teatro com 16 anos, no Colégio Diocesano, com os professores Sandra Albino e Carlos Janduí. A carreira era muito difícil e ainda pensei em seguir os passos do meu irmão para ser biomédico, mas não consegui sair do teatro”.

Após quatro espetáculos infantis, Robson foi morar em São Paulo, onde estudou na Escola de Atores Wolf Maya e no Globe - Centro de Formação do Ator. Em seguida, no Rio, fez Oficina de Atores da Globo e está na faculdade de teatro. Além do Dzi Croquettes em Bandália, que volta a entrar em temporada no Rio, Robson está nos ensaios de outra peça, Bateia, com direção de Renato Farias e previsão de estreia em abril. “Estamos nos primeiros ensaios. É um texto que não tem pontuação e cada um entende de uma maneira diferente”.

Para Robson, o reconhecimento com os Dzi Croquettes é consequência de disciplina e de investimento na carreira. “Estou feliz porque tudo está acontecendo no tempo certo. Minha família foi ver o Dzi Croquettes. Eles amaram e foi uma satisfação enorme. Moro só no Rio, minha família continuou em Garanhuns. Também foi uma resposta para quem me conhecia, seja para os que acreditaram ou não em mim”. Para entrar no grupo, Rodrigo venceu mais de 450 atores-bailarinos em seleção.

repertório

Peças
Joana Dark
Fragmentos brasileiros
Vereda da salvação
Dzi Croquettes em bandália - 40 anos de história

Filmes
Apaixonado por minha melhor amiga - Longa-metragem (protagonista)
Fake - Curta-metragem

domingonojaneiro
Angu de sangue
O Coletivo Angu de Teatro (PE) encerra hoje a temporada de espetáculos do grupo no festival, com Angu de sangue, às 20h, no Teatro Apolo (Rua do Apolo, 121, Bairro do Recife). A peça, dividida em dez esquetes, explora temas como solidão, preconceito e descaso, com diálogos ácidos. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia). Informações: 3355-3321.

Per Edith Piaf
O grupo Teatro Potlach, da Itália e Suíça, faz uma viagem musical pela França dos anos 1930 e 1940, a partir das canções de Edith Piaf, na Caixa Cultural Recife (Avenida Alfredo Lisboa, 505, Bairro do Recife). A intérprete Nathalie Mentha perpassa os momentos tensos da Segunda Guerra. R$ 20 e R$ 10 (meia). Info: 3425-1906.

Eu disse freeevo!
Na programação musical, o Quinteto Violado mostra as faixas de Eu disse freeevo!, às 20h, no Teatro Luiz Mendonça (Dona Lindu). O disco traz releituras de frevos clássicos e inéditas. O esritor Ariano Suassuna é homenageado com a música Frevariano e com os figurinos. R$ 40 e R$ 20 (meia). Informações: 3355-9821.