Domingos Ronaldo Fenômeno saiu do avião e um repórter quis saber onde estavam suas malas. "Pra quê? Tenho cartão de crédito". Imaginamos a maravilha que seria viver como o Fenômeno. Ou como Maria Antonieta, que acordava com um séquito para vestí-la. Nada contra os milionários, mas aprender a cuidar de você em qualquer situação é o paraíso. Li uma vez que na aristocracia britânica todos aprendem a passar ferro e pregar botão. Acho que é mentira. E ainda assim, a ideia de independência parece linda. Você pode começar a ser independente na hora de escolher um casaco. Ou de tratar da pele. São nossas dicas de hoje.

Publicação: 20/07/2014 03:00

A terceira peça

Enquanto a temperatura permite, aposte em blazers bem cortados e casacos leves para ficar elegante. A seguir, um roteiro dos modelos e suas combinações

Você já teve ter se perguntado: por que as pessoas sempre parecem mais arrumadas em cidades com temperatura amena? O casaco seria a resposta óbvia. Mas não é a única possibilidade de incrementar o look. Usar o conceito da terceira peça (algo sobre o jeans e camisa, ou da regata com saia) é uma equação de múltiplas variáveis. “No nosso clima quente e úmido também dá para ficar elegante sem padecer no calor.
Preste atenção em tecidos naturais e frescos. Blazers em algodão, por exemplo. Ou os moletons com cara sofisticada que estão nas lojas, em tramas bem finas e fluidas”, orienta a consultora de imagem Micheline Macêdo.

Para quem não tem medo de ousar, ela informa que dá para criar uma produção chique e arejada com os casacos militares, os casaquetos em tweed, os blazers navy e o agasalho colegial (ou varsity). Antes de juntar a terceira peça com os ingredientes básicos, atenção ao ambiente que vai frequentar. “E, claro, ao biotipo de quem vai vestir. Um blazer branco de alfaitaria com saia lápis, regata de seda e um scarpin passa a ideia de força, uma elegância adulta no ambiente de trabalho”, exemplifica Micheline. Por outro lado, o mesmo blazer, usado com jeans boyfriend (mais largo), t-shirt e sapatilha fica ótimo para um almoço ou final de tarde. Percebe a diferença de tecidos e modelagens na produção?

Para Adriana Zucco, diretora criativa do feminino da Colcci, mais importante que combinar forma e materiais é o estilo.  “Acho incrível quando casacos clássicos, como militar ou navy, são usados com vestidos leves, florais, saias. Criar uma nova proposta de uso é libertador para você e para a moda”.

Chame pelo nome

Aprenda a identificar os principais tipos de casacos, blazers e jaquetas seguindo o glossário da moda 

Navy 

Em algodão ou lã fria, azul marinho e de botões dourados. O blazer náutico (navy), em geral, é usado sobre looks de cores claras. É uma peça tradicionalmente formal, principalmente, quando usado com pantalona ou saia. “Ela pode restringir um pouco as opções de looks por causa do seu peso visual, mas pode quebrar a sisudez investindo num jeans ou mixando com estampas florais e listras”. O jogo de branco + vermelho + marinho sempre funciona. 

College (ou varsity) 
Para montar um look mais sofisticado com o college o lance é dispensar peças muito juvenis como um jeans, tênis e mochila. Ele ganha outra leitura com a alfaiataria de uma calça cenoura de barra dobrada ou camisa branca impecável. Outra opção seria uma saia evasê plissada e scarpin nude. Peças delicadas como um vestido fluido, em seda, de  cintura marcada, não funcionam quando esse casaco chega em cores pesadas e letras gigantes, como as usadas nos colégios dos USA. Mas a versão atual, em náilon e tons suaves cae bem nessa mistura.

Tweed 

é uma lã rústica que virou clássico por conta da Chanel. O casaquinho de tweed é versátil e entra em composições mais caprichadas. Fica elegante com uma saia lápis de cintura alta e pode ser usado com scarpin e colar de pérola. “Para um look casual e jovem, bermuda jeans, sapatos em verniz ou itens com animal print formam um mix moderno, perfeito para os programas descontraídos”, sugere Micheline. Na foto, o visual ficou bem contemporâneo por conta das correntes de rapper e os óculos com armação arredondada.

Biker 

A jaqueta de couro pode ser reservada para a noite. Opções em couro fino como o chamois em tons pastel ficam perfeitas com blusa em malha de mangs, legging e tênis tipo Converse. Se aparece com jeans boyfriend, regata e sapatilha de bico fino a aparência é chique e despojado. Em climas mais amenos, o modelo preto, eternizado por Marlon Brando no cinema, fica incrível com visual black total, bem rocker. “Mas dá pra combinar com lenço de seda estampado, calça com corte flare em jeans. E sandálias salto cheio e bolsa de mão”.

Militar 

O casaco militar verde fechado pode ser combinado com quase todos os itens do seu guarda-roupa: listras, estampas florais e jeans. Sobre uma base (short + blusa, ou calça e camisa pólo) lisa em off white ou nude, a força é toda do casaco. Se a roupa abaixo dele é escura (caramelo, por exemplo), o militar (com bolsos e cinto marcando a silhueta) refaz a imagem sarahiemme de Yves Saint Laurent nos anos 1970. Sapatos: a desert boot (de cano curto), coturnos, e mesmo os delicados como o modelo boneca.

Onde achar

Animale
3325-4728 / animale.com.br


C&A
cea.com.br


Micheline Macêdo
consultoria@michelinemacedo.com.br

Amores líquidos

Óleos e séruns são eleitos os melhores amigos da pele e dos cabelos por ter ação mais eficiente

Para deixar pele e cabelo impecáveis, as viciadas em cosméticos já apontam um produto para o topo da lista: Green tea seed treatment oil, da marca coreana Amore Pacific. O óleo (ainda não vende no Brasil e custa cerca de US$ 200, a embalagem com 20 ml) traz um combo de substâncias naturais em alta concentração para restaurar o tecido cutâneo. “Está na categoria de produtos líquidos, que permitem que os ativos com moléculas bem menores atinjam camadas profundas como a derme. Ou seja, o tratamento é mais eficaz. Por isso, a grande tendência na indústria de cosméticos são os óleos e séruns”, anuncia a dermatologista Luciana Vianna Lócio.
De acordo com ela, outra vantagem desses veículos é causar menos irritações. “São absorvidos rapidamente. Ao contrário dos cremes”, completa. Na sua lista de favoritos está o Huile Prodigieuse, da francesa Nuxe, que vende um vidro a cada seis segundos no mundo. “Por sua textura seca e por dar um acabamento ótimo, tanto à pele quanto aos cabelos, é uma escolha acertada”, elogia a dermatologista. Mas há opções mais baratas e fáceis de encontrar em farmácias. “Como o Bepantal solução, que vira leave-in e reparador de pontas”.

Huile Prodigieuse, Nuxe R$ 99, na Sephora
A textura é seca, não deixa pele ou cabelos untados. Sua fórmula é composta por vitaminha E, além dos 98,7% de ingredientes naturais e seis óleos essenciais

Bepantol, Bayer  R$ 20
“Há produtos baratos que são ótimos. Uso a versão líquida da clássica pomada no cabelo e no corpo”, informa Luciana Vianna Lócio.

Retexturing Activator Serum, Skinceuticals  R$ 199,90
Promove uma suave esfoliação química e equilibra a hidratação facial por conta da concentração de ácido glicólico superior a 20%

Pigmentclar Serum , La Roche Posay  R$ 149,90
A junção de PhE-Resorcinol e LHAT promete uma eficácia 100 vezes maior que a Vitamina C e 10 vezes maior que o ácido kójico contra as manchas, como o melasma.

Serum 10, Vichy  R$ 159,90
Efeito lifting imediato por conta da combinação de Rhamnose (a 10%) e Ácido Hialurônico. Os dois juntos melhoram um pouco a firmeza e reduzem linhas