Tatá Werneck empresta a voz a Dipper (esq.), apaixonada pelo protagonista Dusty

Se não fosse o carisma do destemido Dusty a franquia Aviões provavelmente não teria ido para frente. Isso porque a produção da Disney não tem outro atrativo de peso para enfrentar de igual para igual investidas mais ambiciosas no segmento. A gênese dos dois filmes é semelhante. Se Aviões já era mais simplório no primeiro, continua assim no segundo, que ganhou o subtítulo de Heróis do fogo ao resgate.

Tatá Werneck como a espirituosa Dipper é quem se sobressai entre as dublagens e marca o diferencial da continuação. A atriz oferece à personagem um humor particular. É inegável um certo “Q” de Valdirene, personagem que a consagrou na TV. “Tentei ser fiel à Disney e não coloquei características minhas nela”, revela Tatá, que fez a primeira dublagem. Além disso, Aviões 2 não oferece grandes surpresas, tanto do ponto de vista da linguagem da animação quanto da estética e mesmo no roteiro.

Não há tramas paralelas. Tudo gira em torno dos desafios que Dusty, o tal aviãozinho simpático, assume. A missão inaugural, no ano passado, foi deixar a vida de pulverizador de lado para se tornar um campeão de corrida. A fama veio, ele é consagrado e, agora, precisa lidar com problemas de outra natureza. Em um treinamento ousado, estoura a caixa de câmbio, o que compromete a carreira de competidor.

Agora, o aeroporto onde ele vive está em situação precária. Para ajudar os amigos e impedir o fechamento, assume outra missão: tornar-se um avião bombeiro. Parte para o treinamento e a história se repete. Conquista o coração de uma colega, a admiração do novo chefe, assume riscos. O roteiro segue uma linha previsível. Mas Aviões 2 é uma diversão leve.